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quarta-feira, 4 de junho de 2014

MINISTRO MARCO AURÉLIO MELLO CRÍTICA A APOSTA NA IMPUNIDADE POR POLÍTICOS

Por ipuemfoco   Postado  quarta-feira, junho 04, 2014   Sem Comentários


Marco Aurélio Mello, criticou o uso de cargos públicos pelos políticos para obter benefícios financeiros pessoais e a aposta que eles fazem na impunidade.

“O descaso com a coisa pública e o desvio de finalidade no exercício do cargo ainda são corriqueiros”, afirma ministro  “O elevado número de processos julgados pela Justiça Eleitoral indica, de um lado, a persistência daqueles cuja pretensão é o locupletamento e, de outro, a vigilância exercida  pela imprensa, pelo Ministério Público, pelos partidos e candidatos.”

O ministro lembrou que, na última vez em que presidiu o TSE, em 2006, teve de lutar “contra a perda de parâmetros” na política. Ele não mencionou o mensalão, mas a sua presidência anterior foi marcada por decisões contra o escândalo político, como a determinação de que os mandatos são dos partidos, e não dos candidatos, o que coibiu o troca-troca de legendas frequente que caracterizou o esquema de compra de apoio político no Congresso.

“Se o erro é inevitável, porque inerente à conduta humana, não nos esqueçamos de que o canto do lucro fácil chega sem dificuldades aos ouvidos dos que creem na impunidade. 
Daí a importância do atuar vigilante, impedindo a falcatrua ou interrompendo-a, a fim de afastar do exercício do cargo os que desonram o juramento feito no ato de posse.”

O ministro disse ainda que são instalados “escritórios do crime dentro de órgãos públicos ou em empresas com as quais negociam”. “É inviável esperar que o Poder Público solucione todas as charadas.”

O ministro fez uma “advertência aos homens públicos”, agora vai se dirigir aos eleitores. “É sabença geral que o poder pertence ao povo, sendo exercido pelos representantes escolhidos. Então, estes devem ser os vocacionados a servir ante o cargo ocupado, jamais o utilizando com finalidade econômico-financeira pessoal.”

Marco Aurélio pediu aos eleitores que participem de maneira mais ativa das eleições. “Urge sair do marasmo, participar com responsabilidade e assumir o papel reservado a cada um de nós. Que os eleitores entendam o quanto vale cada voto: vale o Brasil inteiro”, enfatizou.

O ministro afirmou ainda que é preciso “deixar de lado a apatia, a acomodação”.

“Sim, a vontade do povo é soberana, mas deve ser depositada nas urnas e não incendiada nas lixeiras das ruas”, concluiu.

Quanto à corrupção, Marco Aurélio disse ainda que não são necessárias mais leis para coibir tal prática no país. “No Brasil, não precisamos de mais leis, mas, sim, de homens que observem as existentes”, disse. “Os cargos não podem ser utilizados para alcançar objetivos pessoais e imediatos. Aquele que assim age deve ficar impedido de permanecer ou retornar ao exercício”, continuou.

Segundo Marco Aurélio, cabe ao cidadão corrigir o erro dos políticos corruptos por meio do voto, nas urnas. “O bandido conta com a passagem do tempo, com o esquecimento, com a impunidade. Poucos ousariam tanto se tivessem certeza da dura punição que os espera. Neste ponto, as instituições vêm mostrando força e destemor”, enfatizou.
VALOR ECONÔMICO 

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