Ferida por dois tiros, no Morro da Congonha, Cláudia Ferreira caiu do porta-malas do carro do 9º Batalhão de Polícia Militar (Rocha Miranda) e foi arrastada, por cerca de 250 metros, na Estrada Intendente Magalhães; PMs estão detidos;
“Um inquérito policial militar foi instaurado e a Polícia Civil também investiga o caso”, informou nota do secretário de Estado de Segurança, José Mariano Beltrame
Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil
O secretário de Estado de Segurança, José Mariano Beltrame, repudiou a conduta dos três policiais militares envolvidos no caso da morte da auxiliar de serviços gerais Cláudia Ferreira da Silva. A informação foi divulgada pela secretaria por meio de nota.
Depois de ser ferida por dois tiros, um no peito e outro no pescoço, no Morro da Congonha, em Madureira, zona norte do Rio, Cláudia foi colocada, pelos policiais, no porta-malas do carro do 9º Batalhão de Polícia Militar (Rocha Miranda). Os PMs disseram que iam transportá-la para o Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, também na zona norte.
No caminho, a porta traseira abriu, o corpo da auxiliar de serviços gerais ficou pendurado no veículo e ela foi arrastada, por cerca de 250 metros, na Estrada Intendente Magalhães.
Ainda na nota, o secretário informou que os policiais estão presos. Ele acrescentou que foi aberto um inquérito e a morte de Cláudia está sendo apurada pela Polícia Civil. “Um inquérito policial militar foi instaurado e a Polícia Civil também investiga o caso” concluiu a nota.
Os PMs envolvidos são o subtenente Adir Serrano Machado, o subtenente Rodney Miguel Archanjo e o sargento Alex Sandro da Silva Alves. Os nomes foram divulgados pela Polícia Militar. De acordo com a assessoria da PM, eles estão sendo ouvidos e depois serão transferidos para uma unidade do Presídio de Bangu, na zona oeste do Rio. A assessoria informou também que a perícia no veículo ainda não foi concluída.
Ontem (17), durante do velório de Cláudia, no Cemitério de Irajá, na zona norte, o marido dela, Alexandre Fernandes da Silva disse que pretende processar o Estado pela morte da mulher, com quem completaria 20 anos de casados no dia 18 de setembro. Eles tinham quatro filhos e cuidavam de mais quatro sobrinhos.
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