Mas, enquanto o clima pega fogo em Brasília, por aqui, petistas e peemedebistas tentam jogar a discussão para frente, buscando evitar que a tensão azede de vez a chance de um acordo cada vez mais improvável.
O impasse cearense está no interesse do senador Eunício Oliveira (PMDB) em ser candidato à sucessão do governador Cid Gomes (Pros) com apoio da aliança Pros-PT-PMDB. Cid, porém, não dá sinais de que isso possa ocorrer.
A ala majoritária do PT local, por sua vez, diz que apoiará aquele que o governador escolher. Nos bastidores, fala-se que também a presidente Dilma Rousseff (PT) teria se comprometido a abraçar a decisão de Cid. Diante disso, o PMDB pressiona por cima, reivindicando que o PT respeite as intenções de Eunício.
O engodo será um dos temas da reunião de emergência entre PT e PMDB neste domingo, convocada por Dilma. Ao O POVO, Eunício disse que não deverá participar, “para não criar constrangimento”. Ele negou que a sigla fará imposições sobre o caso do Ceará. “Meu partido aceita discutir critérios (de escolha de candidatura). Se aceita discutir é porque não quer impor nada. Até abril, vamos discutir serenamente”.
O principal líder do PT no Ceará, deputado federal José Guimarães, disse que uma das saídas para a crise aguda é formar comissões que avaliarão os nós de cada estado, caso a caso. “Até porque têm lugares em que ocorre o contrário, é o PMDB que não apoia o candidato do PT. Então não pode ser assim, faca nos peitos. Vamos segurar a ansiedade”, afirmou Guimarães.
Sem saída anunciada
Em tom de apaziguamento, os dois defenderam a manutenção da aliança Pros-PMDB-PT, mas nenhum – nem outras lideranças ouvidas pelo O POVO – apresentaram uma solução ou estratégia para a situação, defendendo que as negociações se estendam até a data-limite de cada sigla. “Nós nem conversamos ainda. No momento oportuno vou procurar o governador”, disse Eunício. O rompimento é cogitado de ambos os lados.
No próximo dia 29, o PT fará um encontro para “definição de táticas eleitorais”, no qual deverão sair novas definições sobre o engodo.
Já o PMDB quer antecipar para abril a convenção que definirá as candidaturas estaduais. Enquanto isso, Cid tem dito que seu cronograma de decisões se encerra apenas em junho, prazo máximo para realização das convenções partidárias.OPOVO
No próximo dia 29, o PT fará um encontro para “definição de táticas eleitorais”, no qual deverão sair novas definições sobre o engodo.
Já o PMDB quer antecipar para abril a convenção que definirá as candidaturas estaduais. Enquanto isso, Cid tem dito que seu cronograma de decisões se encerra apenas em junho, prazo máximo para realização das convenções partidárias.OPOVO
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