Mesmo com volume de chuvas inferior à média histórica para fevereiro e março,
a quadra chuvosa deste ano tem apresentado recarga em reservatórios e elevado o nível dos lençóis freáticos no Ceará.
a quadra chuvosa deste ano tem apresentado recarga em reservatórios e elevado o nível dos lençóis freáticos no Ceará.
Para a meteorologia, o Estado entra nos dias de maiores chances de chuva no fim de março e no mês de abril. A esperança é de que as precipitações possam amenizar a situação de estiagem no Interior. Ainda assim, há um prognóstico incerto e ações emergenciais planejadas para os piores cenários.
Pela crença popular, o dia do padroeiro São José, comemorado hoje, renova as esperanças de que a seca amenize. De acordo com Leandro Valente, técnico da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), o que influencia a qualidade da quadra chuvosa são as temperaturas do oceano Atlântico.
Essas condições começam a mudar com o primeiro equinócio do ano, trazendo o outono para o Brasil no dia 20 de março (ver saiba mais). No extremo norte da região Nordeste, o início da estação significa maior concentração de chuvas.
Para este ano, a Funceme mantém a previsão que aponta 40% de probabilidade para chuvas abaixo da média e 40% para chuvas dentro da média histórica até maio.
Apesar das poucas chances, o diretor de operações da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), Ricardo Adeodato, sinaliza a esperança de melhor segurança hídrica para o Estado. “A recarga tem sido pequena, mas há recarga. Não é suficiente, mas esperamos chuvas mais significativas nos próximos meses. Elas poderão diminuir as perdas por evaporação e superar o consumo de água.”
Conscientização
Paralela aos esforços governamentais para combater os efeitos da seca, há a orientação para que os municípios evitem o desperdício de água. Segundo Ricardo Adeodato, a Cogerh tem conversado com comitês gestores, trabalhadores rurais e instituições sobre a necessidade de economia.
Em Canindé, onde a situação do abastecimento é considerada crítica, ele detalha que há um trabalho mais objetivo de conscientização junto à Prefeitura.
Para Cláudia Caixeta, gerente de responsabilidade e interação social da Companhia de Água e Esgoto (Cagece), evitar desperdício de água é dever de todo cearense. Pela companhia, equipes de educação ambiental visitam escolas, prefeituras, rádios locais e líderes comunitários. Uma continuação do trabalho feito há dez anos.
Conforme Cláudia, há intensificação da abordagem em cidades do sertão central, mais afetadas pela estiagem. “As pessoas, principalmente em Fortaleza, gastam como se não estivéssemos em um Estado seco. Não é só o Governo ou um grupo que precisa agir”, enfatiza.
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