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sábado, 18 de janeiro de 2014

PRESIDENTE DA VENEZUELA,CULPA NOVELAS POR VIOLÊNCIA NO PAÍS,E PROMETE REVER PROGRAMAÇÃO

Por ipuemfoco   Postado  sábado, janeiro 18, 2014   Sem Comentários

                               
Segundo presidente venezuelano, elas são responsáveis pela ‘incitação à violência e ao ódio na sociedade’

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, usou a cerimônia de entrega de seu relatório anual à Assembleia Nacional, na noite de quinta-feira, para anunciar a primeira grande ação política contra a violência no país, uma semana depois do assassinato da ex- miss Mónica Spear.

 E surpreendeu ao colocar as novelas venezuelanas no centro da luta repressiva do chavismo. Seu pecado, segundo Maduro, está na “incitação à violência e ao ódio na sociedade”.

- Eu dei ordens ao ministro da Comunicação e à Conatel (órgão que regula as telecomunicações) para revisar toda a programação nacional e de canais a cabo. Não deixaremos que tomem o centro de nossas casas - disse o presidente.

Ele citou “De todas maneras Rosa”, uma das novelas da programação atual, para defender seu argumento.

- A protagonista matou mais de nove pessoas até que a mãe a matou. E é a heroína - disse o presidente do país onde uma pessoa é morta a cada 20 minutos. - Quantos milhões veem isso? Crianças, pessoas com problemas, todos assistem.

Se antes os culpados pela violência eram heróis fictícios como o Homem-Aranha ou o Super-Homem - além do capitalismo - agora são as novelas as responsáveis por transmitir programas que estimulam “valores de morte, culto à droga, culto às armas e culto à violência”.

- Não é um problema de paz, é um problema de segurança. A manipulação surte efeito - resumiu Blanca Mármol de León, ex-juíza da Suprema Corte, depois de ouvir os argumentos do presidente.

A novela em questão é estrelada por Norkys Batista, atriz muito popular que foi perseguida por seu ativismo na oposição. O ex-presidente morto Hugo Chávez chegou a impedir a realização de uma peça sua - chamada “Orgasmos”. Após o anúncio de Maduro, a atriz reagiu.

- Acalmem-se, senhores! Eu entendo que “De todas maneras Rosa” é vista por toda a Venezuela e que meu personagem é uma psicopata. Mas atenção, é um personagem! - defendeu.

No ano passado, foram registrados 24.763 homicídios no país, um número real, não de ficção. O governo venezuelano e a sociedade civil local divergem sobre o tamanho da tragédia que, seja qual for a estatística de referência, não pode ser considerada um problema menor.

Seguindo os números oficiais ou os divulgados pela ONG Observatório Venezuelano de Violência (OVV), a Venezuela chegou ao fim de 2013 entre os dez países com as maiores taxas de homicídio no mundo. Para as autoridades, o índice é de 39 assassinatos por 100 mil habitantes; para a ONG, mais que o dobro: 79 por 100 mil habitantes.

- Maduro pretende atacar um problema complexo de uma maneira muito simples. Com esses critérios, teria proibido Dickens, Víctor Hugo e Dostoiévski - afirmou Alberto Barrera, escritor e roteirista, ao jornal argentino “La Nacion”.
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