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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

ANO DE ELEIÇÃO;PLANALTO TERÁ DE DRIBLAR DIFICULDADES PARA ACOMODAR ALIADOS NA REFORMA MINISTERIAL

Por ipuemfoco   Postado  quarta-feira, janeiro 08, 2014   Sem Comentários

                             
Mesmo com uma estrutura de 39 ministérios, sendo que pelo menos nove ficarão vagos porque os titulares sairão para disputar as eleições de outubro, a presidente Dilma Rousseff terá dificuldade em acomodar os aliados na reforma ministerial que começará a fazer neste mês.


 O PP, por exemplo, já avisou que não aceita abrir mão do Ministério das Cidades, e migrar para outra pasta menor, para satisfazer o PMDB, se isso for necessário. É que os peemedebistas estariam dispostos a desistir do Ministério da Integração Nacional para acomodar o ex-ministro Ciro Gomes (PROS), desde que ganhem, em troca, a cobiçada pasta das Cidades.

— Não vejo motivo nem sentido em ceder ministério para acomodar A ou B — disse ao GLLBO o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI).

O PP, que está pedindo mais um ministério depois que sua bancada na Câmara cresceu, chegou a pleitear Integração, mas recuou e está apoiando a indicação de Ciro Gomes para essa pasta. PP e PROS formaram um bloco na Câmara.

A presidente quer compensar os irmãos Ciro e Cid Gomes, esse último governador do Ceará, por terem deixado o PSB por não concordar com a pré-candidatura do presidente do partido, governador Eduardo Campos (PE), à presidência da República. Eles migraram para o PROS e apoiarão a reeleição de Dilma. Ciro queria ir para o Ministério da Saúde, mas o PT vetou. O mais cotado para assumir Saúde é o atual secretário de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde, Mozart Sales.

Os ministérios das Cidades e da Integração Nacional estão entre os mais disputados, devido à sua capilaridade política, ou seja, potencial de render votos com obras e investimentos. Ciro foi ministro da Integração durante o governo Lula.

O PMDB, que reclama de estar subrepresentado no governo Dilma, quer retomar o Ministério da Integração Nacional, que já foi seu no governo Lula, mas não aceita abrir mão do Turismo, como foi cogitado pela presidente. Isso mesmo depois de terem passado os últimos três anos citando Turismo como exemplo de pasta fraca ocupada por eles.

O líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), confirma que a bancada do partido na Câmara se ressente de ter ministérios fracos e diz que não vai aceitar que o PMDB no Senado cresça em cima do partido na Câmara. Ou seja, os deputados peemedebistas só aceitariam abrir mão do Ministério do Turismo se ganharem o Ministério das Cidades ou outro do mesmo porte. 

O líder do PP na Câmara, Eduardo da Fonte (PE), por sua vez, afirma que o PP não pode perder espaço no governo, porque proporcionalmente já está prejudicado em relação ao PMDB.

O PMDB deve conquistar ainda o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, comandado atualmente pelo petista Fernando Pimentel, que concorrerá ao governo de Minas. Para seu lugar está cotado Josué Gomes da Silva, filho do ex-vice presidente José Alencar e recém-filiado ao PMDB. Os peemedebistas afirmam, no entanto, que ele é da cota do ex-presidente Lula, e não do partido.

Diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e presidente da Coteminas, Josué seria uma peça importante para tentar resolver um dos principais problemas do governo Dilma: a má relação com o empresariado. O setor reclama de falta de diálogo e do intervencionismo por parte do governo federal.

Apesar de Josué ser apontado como favorito para o cargo, com apoio do atual ministro e de Lula, o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Mauro Borges, também é citado como uma possibilidade para comandar o Ministério do Desenvolvimento.

Dilma quer usar a reforma ministerial para tentar amarrar apoios à sua reeleição. Convencida pelo ex-presidente Lula, ela desistiu de nomear técnicos para comandar os ministérios que ficarão vagos.

Ela ainda não abriu as conversas com os partidos sobre as mudanças em sua equipe e, por enquanto, só é dado como certa a ida do ministro Aloizio Mercadante (Educação) para a Casa Civil, no lugar de Gleisi Hoffmann, que disputará o governo do Paraná. Gleisi sai de férias na próxima sexta-feira e não deve voltar mais para o cargo, reassumindo seu mandato de senadora.

A expectativa é que a presidente Dilma definirá nos próximos dias algumas das substituições que fará na Esplanada, mas o anúncio das primeiras mudanças só deve ocorrer depois que ela voltar de viagens a Davos e Cuba, no final de janeiro.

O retorno de Gleisi está previsto para o final do mês, mas interlocutores do Palácio do Planalto acreditam que ela pode não retomar suas funções na volta das férias. A pasta pode ficar, por enquanto, a cargo do secretário-executivo, Gilson Alceu, antes do anúncio formal de Dilma.

Na Saúde, a mudança também deve ocorrer em breve, depois de Alexandre Padilha ter dito que está pronto para deixar o comando da pasta ainda em janeiro. A saída de Padilha e Gleisi em janeiro deve pressionar o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) a tomar o mesmo rumo e antecipar a reforma. Pimentel faz lobby junto a Dilma para que postergue ao máximo sua substituição, pois pretende aproveitar até o último momento no cargo.

A ministra Maria do Rosário (Diretos Humanos) é outra que já está com o pé fora do governo. Ela será candidata ao Senado e sua equipe mais próxima no ministério inclusive já se mudou para Porto Alegre, para começar a organizar sua campanha no estado. O PT tenta emplacar a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, na vaga, mas ela deve permanecer onde está está, a despeito das críticas dos partidos aliados a sua atuação como articuladora política do governo.
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