AÉCIO NEVES DEFENDE PRISÃO DOMICILIAR PARA ROBERTO JEFFERSON

"Será que vão dar prisão domiciliar para o Roberto? Espero que sim. Não torço pelo infortúnio de ninguém", disse o senador Aécio Neves (PSDB-MG); hoje, completa-se o primeiro mês de liberdade do delator do chamado "mensalão", desde que foram presos os primeiros réus; em relação a José Genoino, ex-presidente do PT, Aécio também defendeu o mesmo benefício; "política não está acima da questão humanitária", disse ele

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), provável candidato do PSDB à sucessão presidencial, defendeu explicitamente a concessão da prisão domiciliar a Roberto Jefferson, o delator do chamado "mensalão".

A revelação está num perfil escrito pela jornalista Natuza Nery, da Folha de S. Paulo, que acompanhou Aécio durante uma viagem pelo País (leia aqui o perfil). 

"Será que vão dar prisão domiciliar para o Roberto [Jefferson, delator do mensalão, condenado à prisão no julgamento do caso]? Espero que sim. Não torço pelo infortúnio de ninguém", disse Aécio.

Neste domingo, 15 de dezembro, completa-se o primeiro mês de liberdade de Roberto Jefferson, desde que os primeiros réus foram presos – entre eles, José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares.

Quando Genoino saiu da Papuda, após uma crise de hipertensão, e a prisão domiciliar passou a ser cogitada para o ex-presidente do PT, Aécio também defendeu o benefício, concedido em caráter provisório por Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal. 

"Me parece adequada a concessão do privilégio de prisão domiciliar ou hospitalar ao deputado José Genoino, deferida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal", disse Aécio, à época. 

O tucano afirmou que "numa questão dessa complexidade e dessa gravidade não se pode colocar a questão política acima da questão humanitária". 

"Se há, como parece haver, o agravamento da saúde do deputado José Genoino, que ele possa se recuperar, seja no hospital seja na prisão domiciliar. Me parece, portanto, uma decisão correta que merece todo o nosso respeito", apontou.