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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

TEMER ATUA COMO BOMBEIRO;PT E PMDB DEVEM MARCHAR SEPARADOS EM 11 ESTADOS ONDE ESTÃO 68% DO ELEITORADO

Por ipuemfoco   Postado  sexta-feira, outubro 25, 2013   Sem Comentários


                   
Aliados nacionais, PT e PMDB devem caminhar separados nas disputas regionais em estados onde estão 68% do eleitorado brasileiro - donos de quase 96 milhões de votos. Esse cenário pode estar presente em 11 unidades da Federação, entre elas os maiores colégios eleitorais do país.

Rio, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul. A divisão não significa rejeição à reeleição da presidente Dilma Rousseff, embora existam problemas em alguns diretórios do PMDB que ameaçam votar contra a coligação nacional com o PT.

Dois aliados tendem a se juntar em outras nove unidades da Federação, entre elas o Distrito Federal, onde o governador Agnelo Queiroz (PT) e seu vice, Tadeu Filipelli (PMDB), tentarão a reeleição. Nos casos em que as duas siglas devem estar unidas, a maior parte das alianças tem os peemedebistas como cabeça de chapa, como no Rio Grande do Norte e em Alagoas. Com o cenário atual, PT e PMDB só apareceriam unidos local e nacionalmente para 16% do eleitorado.

As duas legendas informaram ao GLOBO quais pré-candidatos tinham a intenção de lançar ou apoiar para governador em 2014, o que permitiu o cruzamento de informações.

- Cada partido trabalha para lançar candidatos no maior número possível de estados, assim foi nas eleições municipais, e a coisa vai afunilando. Ainda há estados em que é possível fechamento. Só não é possível mesmo em São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul - afirmou o presidente do PMDB, Valdir Raupp.

Indefinição no Maranhão e no Ceará

Em sete estados, a situação está completamente indefinida. No Maranhão, por exemplo, os petistas estão divididos entre o apoio ao presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), e ao candidato da governadora Roseana Sarney (PMDB), Luiz Fernando Silva, atual secretário estadual de Infraestrutura. 


No Ceará, o PT só estará com o PMDB se o governador Cid Gomes (PROS) também apoiar o senador peemedebista Eunício Oliveira ao governo. Cid deixou o PSB do governador e pré-candidato à Presidência Eduardo Campos para trabalhar pela reeleição de Dilma.

Insatisfeitos com o rumo das negociações com o PT em seus estados, seis importantes diretórios do PMDB do vice-presidente Michel Temer começaram a se movimentar para forçar a realização de uma pré-convenção do partido em março do ano que vem. No evento, seriam colocadas claramente as condicionantes para o partido apoiar a reeleição de Dilma.

- Não tem tensão nenhuma, pelo menos comigo, não. Todos os partidos fazem convenção, pré-convenção - minimizou o presidente do PT, Rui Falcão, ao chegar a debate dos candidatos à presidência do partido em Brasília.

O aumento da pressão por uma pré-convenção que defina os rumos do PMDB não é gratuito. Os principais diretórios da legenda enfrentam hoje problemas locais que podem se refletir na aliança nacional com o PT.

Dois estados já anunciaram publicamente que não apoiarão a reeleição da presidente, justamente os maiores do Nordeste: Bahia e Pernambuco. Os diretórios do Rio Grande do Sul e do Mato Grosso do Sul também estão hoje majoritariamente contra a aliança nacional com o PT, em função de disputas regionais.

Na Bahia, a busca de Geddel Vieira Lima (PMDB) por apoio de outros partidos, incluindo PSDB e DEM, inviabiliza o apoio a Dilma. Já no Rio Grande do Sul, PT e PMDB historicamente sempre caminharam separados. Tarso Genro (PT) busca a reeleição, e o PMDB tem como pré-candidatos o ex-governador Germano Rigotto e o ex-prefeito de Caxias do Sul Ivo Sartori.

- É normal que haja esses conflitos de interesses, e temos que saber manejar isso - afirmou um dos vice-presidentes do PT, Alberto Cantalice.

Há, no entanto, pelo menos quatro estados em que os diretórios do PMDB têm como meta apoiar a presidente Dilma, mas exigem que o PT faça concessões: Rio, Ceará, Maranhão e Paraíba. E, por terem muitos delegados na convenção do partido, eles têm a capacidade de levar a aliança ao naufrágio. Outros três estados que também detêm enorme força na convenção do partido - Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina - encontram-se hoje divididos.

Temer atua como bombeiro

Em Minas, segundo maior colégio eleitoral e estado do pré-candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB), os petistas já trabalham pelo nome do ministro Fernando Pimentel, enquanto os peemedebistas apresentaram o nome do senador Clésio Andrade para a disputa. O ministro da Agricultura, Antônio Andrade, é apontado como um dos que fazem parte da turma que defende o apoio a Pimentel e a união com o PT.

- O Clésio e o Pimentel estão conversando. Pode ser que os partidos tenham candidatos separados, mas apoiando a chapa nacional - afirmou Raupp.

Ontem, com a revelação da estratégia de convocação de uma pré-convenção, Temer recebeu desde cedo diversas ligações a favor e contra a medida. O vice-presidente, naturalmente, defende que a decisão do partido não seja antecipada, até por elevar a possibilidade de rompimento com a candidatura de Dilma. E prega que as negociações com o PT continuem sendo feitas estado por estado. O temor é que a colocação de todos os cenários simultaneamente leve à radicalização do processo.

- Este é um período em que as partes estão ensaiando suas jogadas. Quem disser que vai ser assim ou assado é pretensioso - disse o deputado federal Eliseu Padilha (PMDB-RS).

Temer ao menos conseguiu ganhar tempo. Como acabou sendo abortado o jantar de anteontem que reuniria a cúpula do partido e no qual seria formalizada a proposta da pré-convenção, a tendência é que o assunto só volte a ser debatido no fim do ano.

Os peemedebistas que trabalham pela aliança nacional com o PT não acreditam que os descontentes serão capazes de barrar o apoio do partido a Dilma, mas reconhecem que, em alguns estados, os pré-candidatos do partido não farão campanha para a presidente.

A rebelião do PMDB nos estados se alastrou a partir de um epicentro: o Rio. No estado, o mais importante governado pelos peemedebistas, os dois aliados vivem às turras por conta da briga pelo governo do estado em 2014, entre o senador Lindbergh Farias (PT) e o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).
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