Questionamento é de Jaques Wagner sobre a disputa pelo comando nacional do PT, que tem como favorito o deputado Rui Falcão, que ele apoia, para se reeleger governador da Bahia utiliza o exemplo da eleição de novos papas, o Conclave, para pregar clima paz e amor na disputa interna; ele sofre pressão do diretório baiano do partido para escolher entre os quatro pré-candidatos aquele que tentará lhe suceder em 2014
Pressionado por correligionários que querem logo anúncio do candidato que tentará lhe suceder em 2014, o governador Jaques Wagner mostra tranquilidade e utiliza o exemplo da eleição de novos papas, o Conclave, para pregar clima paz e amor na disputa pelo comando nacional do PT, que tem como favorito o deputado Rui Falcão para se reeleger.
"Estou lendo agora o livro de Gerson Camarotti ('Segredos do Conclave'). Ele mostra que até na Igreja tem briga política. Como no PT não vai ter?", questiona o comandante do Executivo baiano em nota na coluna de Felipe Patury, em Epoca.com.
Amigo da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, Wagner não se filia a nenhuma corrente interna petista, embora adote posições da Construindo um Novo Brasil. Na eleição para presidente do PT, Wagner e o PT da Bahia devem apoiar a reeleição de Rui Falcão.
Ainda na coluna de Patury, Jaques Wagner defendeu penas mais duras para vandalismo. Ele considera que a legislação atual é condescendente com quem depreda o patrimônio público e o privado.
O governador da Bahia lembra que começou na política em manifestações públicas, mas especificamente em uma das que fizeram história no Brasil, a Passeata dos Cem Mil, na qual, em junho de 1968, estudantes do Rio de Janeiro protestaram contra a morte de Edson Luís de Lima Souto, baleado a queima-roupa por militares enquanto jantava no restaurante Calabouço.
Aluno de cursinho no Centro do Rio, Wagner ouviu a passeata e se juntou à multidão. "Foi aí que começou a minha carreira política. Um dia emocionante. Vi o Vladimir Palmeira discursando agarrado em um poste", diz o petista, em referência a uma foto famosa do ex-líder estudantil e, depois, fundador do PT.
Wagner reclama que a pena para vândalos hoje é de apenas seis meses a três anos. Como é curta, em sua opinião, acaba incentivando a depredação e destruição do patrimônio.247
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