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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

GOVERNO RESISTE À GRITARIA CONTRA " MAIS MÉDICOS"

Por ipuemfoco   Postado  segunda-feira, setembro 09, 2013   Sem Comentários

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Movimento de entidades médicas contra o programa não é mais apenas nacional; nota da Associação Médica Mundial, presidida por Mukesh Haikerwal, adere ao grupo de críticos com comentários inclusive desrespeitosos: "o governo brasileiro está contratando milhares de cubanos da área de saúde, rotulados de 'médicos'"; 

Em defesa da classe, profissionais têm colocado em segundo plano a saúde dos cidadãos brasileiros; ministro Alexandre Padilha defende diariamente a iniciativa, que já ganhou o aval da população; "Vamos usar todas as estratégias para garantir o atendimento a milhões de pessoas que não têm médico"

A gritaria contra o programa Mais Médicos, protagonizada pelas entidades de classe do País, com forte apoio da oposição, não é mais apenas nacional. Uma nota publicada pela Associação Médica Mundial chega a dizer que "o governo brasileiro está contratando milhares de cubanos da área de saúde, rotulados de 'médicos'". 

E faz críticas irresponsáveis, que não condizem com a verdade, como o fato de os cadastrados no programa não precisarem, segundo o texto, comprovar seus conhecimentos médicos ou de língua portuguesa.

No entanto, o modelo de contratação não é irresponsável como sugere a entidade. Desde que chegaram aqui, os médicos estrangeiros foram submetidos a um curso de três semanas sobre o sistema de saúde e o idioma brasileiros. Ao final das aulas, eles podem ser reprovados e enviados de volta para seus países. 

Chamar os cubanos de "rotulados de 'médicos'" é, ainda, a demonstração de total desrespeito e desconhecimento sobre um modelo de medicina comunitária revolucionário e que já fez ações grandiosas na ilha e em outros lugares, como na África.

O governo, portanto, tem resistido às críticas dos médicos brasileiros e de políticos da oposição em defesa das necessidades de brasileiros que moram em regiões inóspitas do País e começam a receber esses profissionais. Principal entusiasta da iniciativa, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, tem defendido diariamente a importação dos estrangeiros. 

"Vamos usar todas as estratégias para garantir o atendimento a milhões de pessoas que não têm médico", disse ele neste domingo 8. Na comissão geral realizada no Congresso para discutir o programa, na semana passada, ele também alertou para a "postura arrogante" contra os cubanos.

Abaixo, nota da Associação Médica Brasileira (AMB) repercutindo o posicionamento da Associação Médica Mundial:

Associação Médica Mundial condena forma do governo brasileiro de importar médicos

Depois da Confemel (Confederação Médica Latinoamericana e do Caribe) se manifestar contrária, nesta sexta-feira (6) foi a vez da Associação Médica Mundial (WMA) distribuir nota mostrando sua preocupação sobre o programa Mais Médicos, recentemente lançado no Brasil.

Segundo a nota, "o governo brasileiro está contratando milhares de cubanos da área de saúde, rotulados de "médicos", para fornecer serviços de saúde em áreas carentes do país. O governo afirma que está preenchendo os lugares em que nenhum médico brasileiro iria. Os primeiros relatos,contudo, indicam que os médicos brasileiros estão sendo substituídos por trabalhadores de saúde mais baratos, os cubanos".

Na nota, a WMA destaca que a situação, no entanto, é pior do que isso. "Apesar da exigência na legislação brasileira, os integrantes do Mais Médicos não precisam comprovar seus conhecimentos como médicos ou a proficiência no português. Além disso, não estão recebendo um salário, mas apenas uma bolsa, o que contradiz os direitos e leis trabalhistas do Brasil. 

No caso dos profissionais de saúde cubanos, o governo brasileiro está pagando para o governo cubano por seus serviços, que então definirá uma pequena parcela que será paga a eles. Na imprensa internacional, isto já está sendo chamado de "escravidão moderna".

O presidente da entidade, Mukesh Haikerwal disse que "os procedimentos que estão sendo usados são prejudiciais à saúde dos brasileiros. Eles levantam uma preocupação de que isto tem mais a ver com pressionar os médicos brasileiros e reprimir a defesa independente dos pacientes. 

Para ajudar os mais necessitados, o governo deveria ter ampliado o investimento no sistema de saúde, que é baixo, se comparado com outros países com sistema de saúde público universal, melhorando a estrutura de saúde e apoiando médicos brasileiros a irem para aquelas áreas e populações, ao invés de importar profissionais de saúde, cuja competência permanece questionável".

Haikerwal afirmou também que para recuperar a confiança, o governo brasileiro deve, ao menos, submeter todos os médicos imigrantes ao processo legalmente exigido para avaliar suas competências de medicina, conhecimentos linguísticos, envolvendo processos e profissões estabelecidas para garantir um sistema crível em que os brasileiros possam confiar.

"O governo brasileiro precisa de uma significativa discussão com a Associação Médica Brasileira se realmente quiser melhorar as condições de saúde no país e não adotar um programa que cria dois sistemas de medicina no Brasil, uma para os que podem pagar e uma menos qualificada para a população mais pobre", completou Haikerwal, ressaltando que a WMA discutirá este problema em sua reunião do Conselho e Assembleia Geral no próximo mês em Fortaleza (CE).

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