Vasco e Botafogo não jogavam no Maracanã desde 2010, quando o alvinegro venceu por 2 a 0. Depois de tanto tempo, retornaram ao estádio em grande estilo, num clássico cheio de gols e bem disputado, para 33.419 torcedores (24.979 pagantes, com renda de R$ 1.375.320,00).
Novamente ganhou o Botafogo, premiado pela maior organização tática e pelo jogo coletivo mais eficiente. Na vitória por 3 a 2, gols de Rafael Marques (2) e Seedorf, contra dois de André, o time abriu vantagem de 2 a 0, perdeu inúmeras oportunidades, sofreu o empate e teve tranquilidade para se recuperar do prejuízo.
O resultado levou o time do técnico Oswaldo de Oliveira de volta à liderança do Campeonato Brasileiro, com 23 pontos.
- A equipe fez um pacto, está se dedicando. Isso (o atraso nos salários) não vai atrapalhar nada não. A gente sabe que a diretoria está fazendo o trabalho dela, e a gente está fazendo o nosso. A equipe está focada nos objetivos e sabe da dificuldade que é o Brasileiro - disse Rafael Marques, ao fim do jogo.
No primeiro tempo o Botafogo poderia ter goleado, tantas foram as oportunidades de gol criadas diante da passividade do Vasco. O bombardeio alvinegro começou cedo. Logo aos 2 minutos Lodeiro soltou uma bomba da entrada da área e Diogo Silva espalmou.
Aos 13, Vitinho quase marcou um golaço, ao enfileirar três adversários, entrar na área e mandar a bola rente à trave. No minuto seguinte, Rafael Marques pegou uma sobra e chutou de primeira, para defesa de Diogo Silva novamente.
O goleiro do Vasco trabalhava incansavelmente. Aos 16, o zagueiro Dória apareceu no ataque, viu que ninguém o apertava e arriscou o chute. Diogo Silva defendeu em dois tempos.
Numa rara descida ao ataque, o Vasco conseguiu uma falta no bico da grande aárea. Juninho levantou a bola na cobrança e André cabeceou para marcar. O impedimento (de centímetros) foi bem anotado pelo bandeirinha e o gol, anulado. Na sequência do lance, o Botafogo foi à frente e abriu o placar.
Gabriel chutou rasteiro e a bola acabou ficando nos pés de Rafael Marques, livre diante do goleiro. Em posição difícil para o bandeirinha, mas legal (Rafael Vaz lhe dava condição), o atacante alvinegro escreveu 1 a 0 no placar.
Em minutos de desatenção, empate
O Vasco, que já não jogava bem, sentiu o golpe e praticamente se limitou a ver o Botafogo evoluir em campo. A coisa piorou quando o volante Guiñazu, estreante da noite, se machucou e deixou o campo, substituído por Wendell.
Em seguida, Seedorf ampliou a vantagem do Botafogo, ao receber passe de Vitinho e deslocar o goleiro, com categoria: 2 a 0. Em seguida, Vitinho e Rafael Marques perderam grandes chances de transformar a vitória em goleada.
O Vasco parecia nocauteado. Mas então fez diferença a categoria de Juninho. Após bola recuperada por Pedro Ken e rolada por Éder Luís, o camisa 8 girou, num drible sensacional, e saiu frente a frente com o goleiro Jefferson. Ele então rolou para André só empurrar: o Vasco diminuía o prejuízo e entrava no jogo.
- Eles jogaram melhor, mas é claro que esse gol motiva e vamos tentar buscar o resultado - disse Juninho, no intervalo.
O goleiro Jefferson estava preocupado:
- A gente não poodia ter levado esse gol no final, mas é jogar com a mesma personalidade. Tomamos o gol e abaixamos a cabeça um pouquinho - admitiu.
No segundo tempo, dois gols-relâmpago tornaram o clássico ainda mais eletrizante. Logo no primeiro minuto, Pedro Ken rolou na área para Éder Luís, que acertou a trave. No rebote, André mandou para a rede. O Vasco empatou em 2 a 2 e parecia iniciar uma reação.
Mas, aos 4, o Botafogo encontrou o caminho para se impor no jogo novamente. Rafael Marques recebeu na área, driblou um desesperado Nei, que já chegou deitado no lance, e bateu com imensa categoria no ângulo esquerdo do goleiro: 3 a 2.
Aí então pareceu filme repetido. O Botafogo dominando o jogo e perdendo chances de definir a vitória. Aos 11, com Vitinho, e aos 16, com Lodeiro, que chutou em cima do goleiro, cara a cara.
A situação do Vasco se complicou mais quando Juninho sentiu a panturrilha esquerda e teve que ficar em campo no sacrifício, já que o técnico Dorival Júnior já tinha feito as três substituições permitidas (no segundo tempo entraram Fágner e Robinho nos lugares de Sandro Silva e Éder Luís, além da troca de Guiñazu por Wendell, na etapa inicial). Mesmo assim, a partir dos 30 minutos o time de São Januário ensaiou uma pressão, mas faltou força.
De positivo para o time de São Januário, mais uma demonstração de talento e dedicação de Juninho, uma atuação segura do goleiro Diogo Silva e o oportunismo do atacante André.
Na próxima rodada no meio de semana, o líder Botafogo vai a Minas Gerais enfrentar o Atlético-MG, que está na zona do rebaixamento mas recentemente conquistou a Copa Libertadores. O jogo será na quarta-feira. No dia seguinte o Vasco recebe a Ponte Preta, em São Januário.o globo
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