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sexta-feira, 19 de julho de 2013

RIO EM CLIMA DE GUERRA À ESPERA DO PAPA FRANCISCO

Por ipuemfoco   Postado  sexta-feira, julho 19, 2013   Sem Comentários

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Manifestação na Rocinha nesta sexta-feira e confrontos no Leblon ao longo da semana mostram que ainda é tenso o clima no Rio de Janeiro, que recebe o papa Francisco na segunda-feira para a Jornada Mundial da Juventude; 

Segundo o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, ocorrência de manifestações durante o evento é considerada no plano de segurança; principal alvo dos protestos, o governador Sérgio Cabral (PMDB) diz ter certeza que o clima de "respeito e fraternidade" vai imperar na cidade durante a JMJ

Uma nova manifestação de moradores da Rocinha voltou a complicar o trânsito na Zona Sul do Rio de Janeiro no início da noite desta sexta-feira, mostrando que, a três dias da chegada do papa Francisco para a Jornada Mundial da Juventude, o clima ainda é de tensão na capital fluminense. 

A ocorrência de manifestações durante o evento religioso, aliás, está sendo considerada no planejamento do esquema de segurança montado pelo governo loca, segundo o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame.

"Temos que fazer planejamentos acessórios e não tão fechados, na possibilidade de manifestações. Que é o novo. Não se pode fazer planejamentos para manifestações que não se sabe quando, como e com quantas pessoas vão acontecer. Isto é algo que tem que ser flexível e depende na medida em que se obtém maiores informações", disse Beltrame nesta sexta-feira.

O secretário participou de um encontro para avaliar as ações do Batalhão de Choque nas manifestações ocorridas na região metropolitana do Rio, em que foram registrados atos de vandalismo promovidos por grupos de baderneiros mascarados. "É um evento que o Brasil vive há 30 dias. É uma modalidade nova. São novas práticas que estão sendo desenvolvidas nessas manifestações", comentou Beltrame.

Segundo o secretário de Segurança, "o mundo ideal que se espera é a preservação da vida, da incolumidade física e do patrimônio". "Se tiver que se fazer algum tipo e opção, obviamente vai se optar pela preservação da vida. O que nós estamos buscando é um caminho intermediário, entre a prevaricação e o abuso de autoridade. Qualquer manifestação, no mundo inteiro, normalmente não termina bem, sem um tipo de episódio", disse.

"Respeito e fraternidade"

Apesar de novas manifestações estarem sendo programadas para a semana que vem, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), procurou mostrar tranquilidade nesta sexta e disse ter certeza que o clima de "respeito e fraternidade" vai imperar na cidade durante o evento.

"O clima na cidade vai ser de fraternidade e carinho e os que tentarem prejudicar não só a segunda-feira (dia do encontro de autoridades com o papa), mas os eventos do papa, não terão condições de fazer pelo aparato de segurança, mas também pelo clamor da população", disse ele a jornalistas no Rio de Janeiro em evento no Palácio Guanabara. A presidente Dilma Rousssef ligou para Cabral oferecendo ajuda às autoridades policiais do Rio de Janeiro para a JMJ, mas Cabral descartou a possibilidade.

A oferta foi feita depois do violento protesto que ocorreu entre quarta e quinta-feiras nos bairros do Leblon e Ipanema, os mais nobres da cidade do Rio de Janeiro. Após protesto contra Cabral, um grupo de manifestantes quebrou lojas e agências bancárias, saqueou estabelecimentos comerciais e ateou fogo a lixeiras e sacos de lixo dando um ar de praça de guerra a esses bairros.

Solidariedade

Para que as Forças Armadas e forças federais possam ter uma atuação ostensiva e repressiva durante a JMJ, o governo federal precisa publicar um decreto com essa permissão ou o pedido tem que ser solicitado pelo governador. "A presidenta Dilma me ligou sete e meia da noite ou oito da noite de ontem (quinta-feira) para manifestar solidariedade, apoio e estarrecimento. Como sempre, se colocou à disposição e eu disse que não era necessário e que as forças de segurança estão presentes", declarou Cabral.

Na próxima segunda-feira haverá um encontro de autoridades, entre elas Dilma e nove governadores de Estado, com o papa Francisco no Palácio Guanabara, alvo de constantes protestos populares. Apesar do receio das autoridades de segurança, Cabral manteve o encontro para a sede do governo do Rio de Janeiro. "Vai ser aqui o que muito me honra", disse.

Na mesma segunda-feira, entrará em vigor um decreto que cria uma comissão especial para investigar atos de vandalismos como os que aconteceram essa semana na zona sul da cidade. A comissão que vai investigar e pode responsabilizar criminalmente os autores de atos de vandalismo será composta por membros do Ministério Público, Secretaria de Segurança e Polícias Civil e Militar do Estado.

A comissão também vai investigar abusos cometidos por policiais durante as manifestações. O grupo foi criado mais de um mês depois do início dos protestos e até agora apenas um policial foi afastado de suas funções por excessos.

"Vamos construir um novo modelo e temos nesses atos presença de organizações internacionais que, via Internet, permite uma comunicação que não se tinha no passado. Há organizações internacionais estimulando vandalismo e quebra-quebra; vamos olhar vandalismo, quebra-quebra e ação policial", disse Cabral, sem dar detalhes sobre as atividades dessas organizações internacionais.

O governador ressaltou que a comissão vai ser mais ágil na apuração de atos criminosos e de vandalismo.Agência Brasil e Reuters

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