Deputado Izalci Lucas (PSDB-DF) apresentou um pedido de CPI para investigar os gastos nas obras da Copa de 2014; requerimento reuniu 192 deputados e 28 senadores, mais que o mínimo necessário; após conferência das assinaturas, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), vai ler o pedido em plenário, mas só em agosto;
"Depois das mobilizações populares, o Congresso precisa mudar seu comportamento e instalar esta CPI da Copa, que é exigida pela população", defende o vice-líder do PSDB, senador Álvaro Dias
O deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF) protocolou na Mesa Diretora do Congresso um pedido de CPI para investigar os gastos do governo nas obras da Copa do Mundo de 2014.
O requerimento para criação da CPI dos gastos para a Copa do Mundo atingiu um número de assinaturas maior do que o mínimo necessário (192 deputados e 28 senadores, mais do que os 171 deputados e 27 senadores exigidos pelo Regimento).
Depois da conferência das assinaturas, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), terá de ler o pedido em plenário. Isso, contudo, vai ficar para agosto, já que o Congresso entra em 'recesso branco' nesta quinta. Depois, os partidos serão convidados a indicar os seus representantes na nova CPI, para, então, se marcar a data da instalação da comissão.
“Queremos investigar possíveis irregularidades no uso de recursos públicos ligadas à Copa do Mundo. Isso inclui a construção de estádios e obras de infraestrutura, como aeroportos e portos nas cidades-sede”, disse Izalci Lucas.
Vice-líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR) comentou que "depois das mobilizações populares, o Congresso precisa mudar seu comportamento e instalar esta CPI da Copa, que é exigida pela população". "Que a CPI da Copa possa aprofundar investigações, e que não haja uma operação abafa para impedir que se revele todas as irregularidades", defendeu o senador tucano.
"Doa a quem doer"
Para o senador Paulo Paim (RS), vice-líder do PT, a reunião das assinaturas resulta das manifestações nas ruas. "Acho natural e possível [instalar CPI]. A oposição cumpriu o seu papel de recolher as assinaturas. Conseguidas as assinaturas, para mim a CPI tem que ser instalada", disse o petista. "Não temos que ter medo da CPI. Este é um instrumento da minoria, e podendo ser instalada, os fatos têm que ser investigados doa a quem doer", completou.
Izalci admite que até agosto é possível que alguns parlamentares retirem suas assinaturas, mas o PMDB, partido com maior bancada no Congresso, não orientará seus parlamentares a retirarem o apoio à criação da CPMI. Segundo o presidente nacional do partido, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), cada deputado e senador da bancada ficará livre para assinar ou não o requerimento.
"Acho que a estrutura tanto de estádios de futebol, como de aeroportos, vias de acesso aos grandes estádios, acho que tudo isso é importante. Mas acho também que se houve gasto excessivo que a população não esteja aceitando, e se for o desejo do Congresso Nacional em instalar uma CPMI, por que não? Isso faz parte da democracia. O PMDB, como partido, não pode dizer se apoia ou não apoia, os parlamentares têm o livre arbítrio de tomar a decisão se apoiam a CPMI", disse Raupp.Agência Brasil
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