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terça-feira, 18 de junho de 2013

MANIFESTANTES TENTAM INVADIR A SEDE DO GOVERNO DE SP

Por .   Postado  terça-feira, junho 18, 2013   Sem Comentários

   Manifestantes tentam invadir o Palácio Bandeirantes, sede do governo de SP, e são reprimidos com bombas de gás Foto: Michel Filho / O Globo
Numa manifestação inicialmente pacífica, marcada pela mudança no comportamento da Polícia Militar, 65 mil pessoas lotaram nesta segunda-feira vários pontos de São Paulo. À noite, entretanto, um grupo se dirigiu para o Palácio dos Bandeirantes e tentou derrubar um portão e invadir a sede do palácio do governo. 

A polícia reagiu e o momento gerou tensão. Gás lacrimogênio foi usado pela Polícia Militar. Ainda não há informações sobre feridos.

Mais cedo, o Movimento Passe Livre (MPL) falava em 100 mil nas ruas.A concentração da quinta e maior mobilização em São Paulo aconteceu no fim da tarde no Largo da Batata, em Pinheiros — cuja maior parte do comércio, incluindo o Shopping Iguatemi, foi fechada. 

Depois, o grupo se dividiu entre a Avenida Faria Lima e a Marginal Pinheiros, para mais tarde se encontrar na Ponte Estaiada, Brooklin, em direção ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo, onde teve novo protesto.

Um outro grupo, este sem a liderança do Movimento Passe Livre (MPL), seguiu para a Avenida Paulista, onde edifícios apareceram com panos brancos pendurados nas janelas, e manifestantes gritavam frases contrárias à violência. Nenhum incidente foi registrado até às 22h. Manifestantes também foram ao Parque do Ibirapuera e à Assembleia Legislativa de São Paulo.

O MPL convocou novo protesto para esta terça-feira, às 17h, da Praça da Sé, centro de São Paulo. Antes, o grupo deve participar de reunião na sede da prefeitura.

Acusada de truculência na última quinta-feira, a PM acompanhou tudo à distância, com efetivo visivelmente menor do que o da manifestação anterior. Não havia integrantes da Força Tática, nem da Tropa de Choque. O grito dos manifestantes era: “Que coincidência, não tem polícia, não tem violência”. 

Seis policiais cercavam Matheus Preis, 19 anos, um dos líderes do MPL, durante o trajeto; mas o clima entre eles era cordial. Policiais pediam licença para passar, sorrindo, e chegaram a se sentar no chão para transmitir comunicados, a pedido do grupo.

— O comportamento da polícia foi muito diferente. Quando não há repressão, a gente consegue fazer um ato muito mais organizado, sem violência — declarou Preis.

— Quer ocupar rua, pode. A ordem hoje é não deixar depredar — disse o major Klinger, comandante operacional do 23º batalhão.

O público era muito maior do que nas outras quatro manifestações do MPL (originalmente pela redução da tarifa do transporte público) em São Paulo. Dessa vez, não era apenas formado por jovens ou estudantes, mas por trabalhadores, famílias, idosos, integrantes de movimentos feministas, gays e políticos.

— Viemos aqui para fazer número depois de tudo que aconteceu (a violência policial). É um grito de socorro, precisamos de união e força para vetar os abusos ao povo — disse Maurício Matheus, que estava com a mulher Thaís e o filho João, de um ano e sete meses, que portava um cartaz “não é por 0,20, é por direitos” colado no macacão. A tarifa do transporte em São Paulo subiu de R$ 3,00 para R$ 3,20.

Antes da manifestação, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), apareceu de surpresa numa reunião marcada entre o MPL e o secretário de governo, Antônio Donato, na sede da Prefeitura. Segundo nota divulgada pelos manifestantes, Haddad “fez diversos apontamentos e justificou que não é possível revogar o aumento da tarifa por motivos técnicos”. Em nota, o grupo discordou da posição do governo e defendeu que a decisão sobre reduzir ou não a tarifa em São Paulo é política.

“O MPL vem a público reforçar a necessidade de estabelecer um espaço de negociação sobre a pauta única das manifestações — a revogação do aumento”, diz a nota.

Em evento em Campinas, no início da tarde, o governador Geraldo Alckmin reforçou que a polícia não iria usar bala de borracha.

— Nós proibimos o uso de balas de borracha em manifestações públicas. O governo deseja dar tranquilidade para todos, segurança, acompanhar a manifestação e não fará nenhuma interferência. Gostaria de elogiar a polícia, as lideranças que deram uma demonstração de diálogo, de maturidade, o retorno que tive foi positivo — disse Alckmin ao G1, referindo-se ao encontro dos manifestantes com o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella, pela manhã.

Com o ato na rua, a PM elogiou o clima de tranquilidade. E disse que os manifestantes cumpriram os acordos firmados.O GLOBO


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