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sábado, 6 de abril de 2013

CID GOMES CHAMA DEPUTADO EUDES XAVIER DE "MENTIROSO E LEVIANO".

Por .   Postado  sábado, abril 06, 2013   Sem Comentários

              

O governador Cid Gomes (PSB) disse ontem, no plenário da Assembleia Legislativa cearense, que o deputado federal Eudes Xavier, filho de uma Ferreira Gomes, da Região do Acaraú, é "mentiroso, leviano, crápula" ou "imbecil e idiota" se realmente foi utilizado por uma "quadrilha" de falsificadores para fazer denúncias, sem provas, sobre ele governador estar envolvido em espionagem contra adversários políticos cearenses.

"Se alguém conseguir provar que eu contratei empresa ou mandei espionar alguma pessoa, eu renuncio na hora o meu mandato. Não espero o processo de impeachment", disse. Cid garantiu que vai processar o deputado do PT, política, civil e criminalmente. Política com uma representação no Conselho de Ética do PT e da Câmara dos Deputados. Civil, para cobrar perdas e danos e criminalmente, por ter confessado a prática de um crime, ao se apresentar com correspondências de terceiros, adquiridas de forma ilícita.

O deputado Eudes Xavier, utilizando o tempo da liderança do PT na Câmara Federal, quinta-feira, disse ter recebido cópias de e-mails em que confirmariam a participação do governador Cid Gomes, do ex-ministro Ciro Gomes (PSB) e dos secretários Arialdo Pinho, da Casa Civil, e Francisco Bezerra, da Segurança Pública, em crimes de espionagem contra o ex-prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, inclusive com a participação de uma empresa americana especializada em espionagem.

Na mesma quinta-feira, o governador distribuiu uma nota contestando o deputado. Ontem, logo cedo, ele comunicou ao presidente da Assembleia, deputado José Albuquerque, que tinha interesse em ir ao Legislativo para dar explicações aos deputados e ao povo cearense sobre as denúncias do deputado. Ele permaneceu na tribuna da Assembleia das 11h30 até 15h10.

Cid, após justificar sua presença ali, começou a ler a cópia do pronunciamento feito por Eudes Xavier, fazendo pequenos comentários sobre alguns pontos. Leu também a nota que distribuiu, no dia anterior, contestando as afirmações do petista e disse do seu caráter republicano e de nunca ter espionado ou mandato espionar a quem quer que fosse. E então afirmou ter tido o seu sigilo quebrado por uma quadrilha já identificada pela investigação policial.

InformadoO governador contou que recentemente foi informado pelo empresário Zé Filho, que o procurou no Castelão, para uma conversa reservada. E, naquele momento, Zé Filho lhe dissera ter visto o ex-prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa (PR), ter tirado da carteira a cópia de um e-mail que o secretário Arialdo Pinho tinha passado para o governador.

Logo depois, foi procurado pela ex-secretária Extraordinária do Centro, Luiza Perdigão, que lhe comunicou ter chegado às mãos da ex-prefeita Luizianne Lins a cópia de um e-mail dela (Perdigão) para o governador. Segundo ele, naquele mesmo dia, ele chamou o chefe da Casa Militar, Cel. Brasil, comunicou o fato e mandou que ele fosse à Polícia Federal para pedir uma investigação sobre a violação do seu sigilo.

A Polícia Federal, no Ceará, alegou incompetência e o governador foi ao ministro da Justiça. Segundo ele, o incômodo com a situação o fez registrar uma denúncia na Polícia Civil que, com o auxílio de um integrante da Etice, trabalhou no caso, que chegou ao seu fim no início deste mês. A Polícia Civil identificou três linhas (IPs) que invadiram o computador do governador e pediu a quebra do sigilo delas à Justiça, o que foi concedido no último dia 2.

Atípica
O plenário da Assembleia ficou praticamente lotado durante todo o tempo em que o governador lá estava. Os poucos deputados que estavam ausentes tiveram a preocupação de mandar seus assessores justificarem as faltas. Foi uma sexta-feira atípica na Assembleia. Até ex-deputados estavam no plenário do Legislativo na manhã de ontem.

Alguns secretários estaduais também foram ouvir o governador, dentre eles o secretário de Turismo, Birmarck Maia; Saúde, Arruda Bastos; Camilo Santana, Cidades; Gony Arruda, Esportes e Danilo Serpa, Chefe de Gabinete. O senador Inácio Arruda (PCdoB) e alguns vereadores da Capital também estavam lá, ouvindo a fala de Cid.

"Eu faço questão de ler o pronunciamento do deputado aqui nesta Casa e diante mão digo que ao longo dos meus quase 50 anos de vida, deles 20 dedicados à vida pública exercendo mandato, nunca me senti tão indignado e tão entristecido como o momento em que estou passando hoje", afirmou.

Segundo Cid, o sentimento de indignação se deu porque Eudes Xavier disse que ele e seu irmão estavam arquitetando "um complô contra a democracia e contra os políticos do Estado e podem atingir outras lideranças políticas e econômicas".

Ao ler esta parte do pronunciamento do parlamentar, Cid afirmou que existe uma quadrilha que está procurando difamá-lo por conta de um ódio pós eleitoral, segundo disse, em razão de ter sido forçado a se apartar da aliança com o PT em Fortaleza.

Na denúncia feita pelo petista, o governador, juntamente com seu irmão, trocava e-mails, inclusive com a participação do chefe da Casa Civil, Arialdo Pinho, e também do secretário de Segurança, Francisco Bezerra, afirmando que contrataram a empresa de espionagem Kroll para investigar desafetos do governador, com a possibilidade de estar sendo gasto, inclusive, dinheiro público com as ações denunciadas.

"Eu não sei nem o que diabo é isso", disse o governador. Em um dos trechos do pronunciamento de Eudes Xavier, ele chega a dizer que o alvo principal da suposta espionagem era o ex-prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, desafeto histórico de Cid Gomes. O petista afirma também que Cid pede para o secretário Francisco Bezerra tentar convencer Ciro a recuar de uma ação, o que o governador nega veementemente. "Isso são modos de um governador tratar com secretário sobre o meu irmão? Se tivesse um mínimo de pensamento contrário a ele eu chegaria para ele e não falaria com um secretário", disparou.

Contrato
O governador fez também a leitura de nota encaminhada à imprensa, explicando todos os pontos que espera que sejam esclarecidos. De acordo com a nota, nunca o Governo do Estado teve contrato com a empresa Kroll ou qualquer instituição de investigação; todos os e-mails citados por Xavier são falsos; o deputado confessou um crime e terá que se explicar como conseguiu os referidos e-mails, afirmando que irá entrar com processos contra o petista nas instâncias política, civil e penal.

"Eu não sei de onde partiu esse ódio que tem demonstrado o Eudes. Eu tenho dúvida se ele entrou nisso de imbecil, de idiota, ou se é um crápula e está vinculado a essa quadrilha perigosíssima que tem que ser identificada e tem que ser punida. O futuro por onde atuo sempre que me sinto ferido é que vai decidir e eu quero continuar acreditando na Justiça", completou Cid Gomes.

O governador relatou um episódio ocorrido em Redenção, na presença do ex-presidente Lula, em que um grupo levado pelo deputado Eudes Xavier o vaiou na hora do discurso. Cid disse ter chamado o deputado de ridículo pelo ato praticado.

Informação
Sobre a quebra do seu sigilo, o governador disse que o "disparate" teve início quando recebeu a informação de que o então prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, estava de posse da cópia de um e-mail enviado por Arialdo Pinho a ele. Em seguida, a ex-secretária do Centro, Luiza Perdigão, procurou o governador para dizer que um e-mail que ela passou para ele estava de posse da ex-prefeita Luizianne Lins.

Depois do ocorrido, o chefe da Casa Militar, Coronel Joel Brasil, foi chamado para institucionalmente resguardar a pessoa do governador. Logo após uma varredura, nada foi constatado, e, em seguida, foi pedido o apoio da Polícia Federal, junto ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Insatisfeito com a situação, ele pediu a abertura de inquérito pela Polícia Civil, nesta semana, concluído, onde três identificação de dispositivos (IPs) foram identificados.

Foi decretada a queda de sigilo dos IPs envolvidos e Cid garantiu que as pessoas que estavam acessando os seus e-mails serão identificadas. "Inventaram toda essa história e passaram cópias ao deputado Eudes Xavier. Mas eu desejo acreditar na Justiça do meu País e espero que absurdos como esse não possam tirar o estimulo e a motivação, de quem quer servir ao País sem se sentir vítima de gente que é capaz de qualquer coisa para atingir seus objetivos", disparou.

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