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quarta-feira, 20 de março de 2013

SOBE PARA 27 O NÚMERO DE MORTOS NA TRAGÉDIA EM PETRÓPOLIS

Por .   Postado  quarta-feira, março 20, 2013   Sem Comentários

Funcionários da prefeitura limpam as margens do Rio Quitandinha que transbordou em Petrópolis Foto: Marcelo Carnaval / Agência O Globo

O número de mortos na tragédia provocada pelo temporal em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, subiu para 27, desde a noite de domingo. informação é da Secretaria estadual de Defesa Civil e Corpo de Bombeiros. 

De acordo com informações do telejornal RJTV, da TV Globo, a chuva ainda deixou outras 18 pessoas feridas e 1.466 desalojadas e desabrigadas. O corpo do jovem conhecido como Vinicius, de aproximadamente 15 anos, foi encontrado por moradores da localidade Boca do Mato, que fica na comunidade Espírito Santo, no bairro Quintandinha. 

De acordo com bombeiros, o corpo do jovem estava a cerca de 300 metros do local onde uma casa desabou. Ele foi arrastado pela força das águas e encontrado do outro lado da BR-040. 

Mais cedo, o corpo de um menino também foi encontrado na localidade. Durante a madrugada, um corpo ainda não identificado foi resgatado na mesma região. Choveu fraco no início da manhã desta terça-feira, mas o mau tempo deu uma trégua na região.

Na manhã desta terça-feira, duas vítimas do temporal foram sepultadas, no cemitério municipal da cidade: o adolescente Lucas Ladislau Santos, de 16 anos, e o jardineiro Milton Pereira Fonseca, de 47 anos. A casa onde Lucas estava, no bairro Quitandinha, foi soterrada, provocando também a morte de sua irmã, Jade Siqueira Barbosa, de 12 anos. Já Milton estava acompanhando a equipe da Defesa Civil que foi soterrada na comunidade Espírito Santo. Nesta tarde, outras três vítimas devem ser enterradas.

Desde cedo, bombeiros, militares do Exército e voluntários reiniciaram as buscas por vítimas de deslizamentos na localidade Boca do Mato e a comunidade Alto do Independência, áreas onde famílias inteiras foram soterradas. 

O secretário estadual de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Sérgio Simões, disse que essas duas áreas são as mais afetadas pela chuva. Segundo ele, 120 homens do Corpo de Bombeiros, especializados em resgantes em áreas de deslizamento, estão nessas regiões à procura de vítimas. 

Sérgio Simões afirmou que o maior problema é a instabilidades do terreno, já que o solo está muito úmido, e a lama chega à altura do joelho. Ele estima que nessas duas áreas há entre 10 e 15 desaparecidos.

Sérgio Simões disse ainda que tem um estudo de mapeamento de risco geológico que aponta que tem 10 comunidades com risco de deslizamento em Petrópolis
Na localidade da Boca do Mato, sete integrantes de uma família foram soterrados, entre eles crianças e adolescentes. Nesta segunda-feira, apenas nesta região, oito corpos foram resgatados.

Há muita dificuldade em estabelecer ao certo o número de vítimas nesta localidade. Alguns moradores dizem que entre cinco e três casas foram arrastadas pelo deslizamento de terra. Na região,pelo menos outras seis casas estão em situação de risco.

De acordo com o coronel Albucacys, do Grupamento de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros, 30 homens atuaram nas buscas por corpos e sobreviventes. O oficial ressaltou as dificuldades do trabalho devido a instabilidade do terreno. 

Segundo ele, o deslizamento arrastou as casas até um rio que passa abaixo da comunidade. Foi nas águas que os bombeiros encontraram o corpo de uma menina, nesta segunda-feirapor volta das 18h.

Servidores da companhia de limpeza trabalham em diversos pontos da cidade nesta terça-feira, retirando lixo das margens do Rio Quitandinha. Ainda há muita lama espalhada por ruas do município.

Com ruas cobertas de lama e lixo, Petrópolis viveu segunda-feira um dia de cidade fantasma. Com comércio fechado, aulas suspensas e a chuva que persistiu por todo o dia, pouca gente pôs os pés fora de casa. Nem todos os ônibus das linhas regulares circularam. 

Com a interdição da estrada entre Rio e Petrópolis, o movimento nos pontos turísticos também sumiu. Hóspedes deixaram os hotéis. Algumas agências bancárias abriram as portas, mas com atraso.

Em Magé, um dique se rompeu e inundou um bairro inteiro. Em Xerém, o Rio Capivari transbordou e 80 casas foram interditadas. Quinze serão demolidas ainda estasemana. Em Angra dos Reis, 64 pessoas estão desalojadas e estão abrigadas em uma escola da região.

No Rio, o Centro de Operações da prefeitura informou que o município retornou ao estágio de vigilância às 9h desta terça-feira, já que não há previsão de chuva nas próximas horas na cidade. O município do Rio estava em estágio de atenção desde as 16h25m do último domingo. 

O estágio de vigilância, primeiro em uma escala de quatro, é caracterizado pela ausência de chuva ou ocorrência de chuva fraca nas próximas horas. Já o estágio de atenção, o segundo, é caracterizado pela possibilidade de chuva moderada, ocasionalmente forte, nas próximas horas.

De acordo com o Sistema de Alerta de Cheias do Inea, os rios Bengalas, em Nova Friburgo; Quitandinha e Piabanha, em Petrópolis, retornaram ao estágio de atenção às 6h58m desta terça-feira. O Rio Paquequer, em Teresópolis, retornou ao estágio de atenção à 0h25m.

Nesta terça-feira, o Secretario nacional de Defesa Civil, Humberto Viana, comentou que, se não existissem sirenes nas comunidades de Petrópolis, os números de vítimas fatais seria ainda maior. De acordo com Viana, a adoção de medidas preventivas não depende apenas do poder público, mas sobretudo dos moradores que vivem em áreas de risco.
O GLOBO

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