Na cerimônia de posse dos três novos ministros da Agricultura, da Aviação Civil e do Trabalho, dois do PMDB e um do PDT, a presidente Dilma Rousseff fez uma forte defesa da coalizão dos partidos para garantir a governabilidade.
As declarações da presidente Dilma são uma resposta às críticas da oposição de que as mudanças feitas nos ministérios levaram em conta apenas o reforço para o seu palanque à reeleição em 2014.
“Muitas vezes algumas pessoas acreditam que a coalizão é algo do ponto de vista político incorreto”, reagiu a presidente, justificando que “nós estamos assistindo em alguns lugares do mundo, um processo de deterioração da governabilidade, justamente pela incapacidade de construir coalizões.
Depois de citar problemas enfrentados pela Itália e Estados Unidos, justamente por falta de apoio partidário, Dilma afirmou que “é crucial” para o Brasil, país com muitas adversidades, ter um governo de coalizão. “Aprendi que em uma coalizão você tem de valorizar as pessoas que contigo estão”, comentou.
Apesar de defender com veemência a escolha política, a presidente, antes de encerrar o discurso defendeu a necessidade de tornar os ministérios “profissionais e meritocráticos”.
Em um recado indireto ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que ensaia voo próprio para 2014, a presidente após elogiar os que a apoiam, falou do valor da lealdade.
“Governar, necessariamente é escolher entre várias alternativas e por isso aprendi muito sobre o valor da lealdade entre aqueles que desenvolvem com a gente a tarefa de governar”, disse Dilma. Em encontro com empresários, Campos criticou o atual governo se oferecendo como opção ao Planalto e afirmando que “dá para fazer muito mais do que a Dilma”.
Em uma inédita solenidade ocorrida em um sábado no Palácio do Planalto, Dilma deu posse aos ministros Antônio Andrade, na Agricultura, Moreira Franco, na Aviação Civil, ambos do PMDB e Manoel Dias, do PDT, no Trabalho.
A presidente aproveitou para elogiar longamente o técnico Wagner Bittencourt, que deixa a Aviação Civil, além de Brizola Netto, e Mendes Ribeiro, a quem chamou de “Mendezinho” e chegou a provocar lágrimas nos presentes e no próprio ex-ministro a quem recomendou que cuidasse da saúde.
A presidente fez ainda um “convite ao trabalho”, lembrando que ainda há muito a fazer e que ainda está na metade do seu governo.
Dilma justificou que adiantou a posse dos ministros porque embarca esta noite para a Itália, onde participa da primeira missa oficial do novo Papa, na terça-feira. Após a sua volta, Dilma recomeçará as discussões sobre reforma ministerial, conversando com o PR e o PSD.ESTADÃO
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