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quinta-feira, 7 de março de 2013

CASO BRUNO; BRUNO TENTA CULPAR BOLA E MACARRÃO

Por .   Postado  quinta-feira, março 07, 2013   Sem Comentários


    No terceiro dia de Tribunal de Júri, Bruno chora ao depor

Para alguém que ganhava a vida jogando futebol, o confronto com um comparsa de codinome “Bola” soa como piada do destino. Mas foi exatamente esse o embate mais surpreendente do interrogatório do goleiro Bruno Fernandes, na tarde desta quarta-feira, no Fórum de Contagem, em Minas Gerais. 

Bruno, primeiro, condenou um condenado, afirmando que Macarrão foi quem decidiu matar Eliza. Depois, disse ter tomado conhecimento da história sobre o estrangulamento, o esquartejamento e a entrega dos restos mortais de Eliza para cães ferozes. E posicionou-se como alguém em perigo: disse que ele e Dayanne Souza têm medo do ex-policial, acusado de ser o algoz de Eliza.

O goleiro começou, assim, a mostrar que a sua aguardada “confissão” era, na verdade, uma delação, uma distribuição da culpa entre os demais envolvidos, na tentativa de amainar as penas que invariavelmente vai receber. 

Quem cantou a pedra no plenário foi um velho amigo do jogador, o advogado Ércio Quaresma, que atualmente defende Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. Quaresma fez uma série de perguntas orientadas a mostrar que Bruno tentava prejudicar seu cliente em troca de benefícios da Justiça.

"Gostaria que o senhor informasse se assistiu pela televisão de sua cela o julgamento de Macarrão e Fernanda. Se o senhor tomou ciência através de reportagens que houve um acordo para que Macarrão fizesse uma confissão e tivesse redução de 40% da pena. Se seus advogados ou qualquer pessoa fez proposta de igual teor para delatar Marcos Aparecido neste julgamento", disse.

Bruno não respondeu. Como também não havia respondido às perguntas da acusação, feitas pelo promotor Henry Castro. As revelações – na verdade, confirmações – vieram em resposta a questionamentos apresentados pela juíza Marixa Fabiane Rodrigues Lopes. Os fatos que Bruno decidiu relatar caminham em uma só direção: no de reforçar a imagem de Macarrão como mentor da morte de Eliza e no de Bola como assassino.

A parte de Bola seria a “contribuição”, a admissão de que houve crime e de que aquele é o autor. Por tabela, admite que mentiu por três anos – algo que os réus têm direito de fazer, para se proteger – e que sabia de tudo aquilo que dizia não saber. Mas até para isso o goleiro tentou apresentar uma defesa. 

Bruno admitiu que sabia, mas disse ter medo de denunciar o crime. “Não denunciei por medo de acontecer alguma coisa com alguém da minha família, com as minhas filhas. Medo de Luiz Henrique e de outras pessoas que estavam envolvidas”, disse.


O arranjo apresentado por Bruno para suas atitudes ao longo do caso não convenceu o promotor Henry Castro. Para a acusação, Bruno era quem tinha a motivação para o crime, e quem efetivamente se beneficiaria do sumiço de Eliza. Nesta quinta-feira, Henry Castro vai pedir “pena máxima” para o goleiro – algo que pode chegar a 41 anos, considerando os crimes de sequestro, homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Já a defesa vai pedir abrandamento de penas, tentando alegar que Bruno fez uma confissão e contribuiu com a Justiça.
“Bruno não confessou. Disse apenas que aceitou a morte, quando a situação já estava resolvida, após a volta do Macarrão e do menor para o sítio. Isso não é confissão. Vou pedir a pena máxima”, disse Castro.veja

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