"Ainda queremos saber quem o matou", "Todos aqueles que estavam envolvidos com a ditadura têm que ser desmascarados."
Após 37 anos de espera, a família do jornalista Vladimir Herzog recebeu nesta sexta-feira, 15, uma nova certidão de óbito com a causa correta da morte dele, ocorrida em 1975, após sessões de tortura nas dependências do 2.º Exército, em São Paulo. O novo documento substitui a definição anterior, "asfixia mecânica por enforcamento", por "lesões e maus tratos".
A família comemorou o reconhecimento do Estado, perante toda a sociedade, do assassinato do jornalista. Mas, na avaliação da viúva, Clarice Herzog, o documento não significa um ponto final em sua luta.
"Ainda queremos saber quem o matou", disse ela ontem, logo após a cerimônia em que recebeu o documento. "Todos aqueles que estavam envolvidos com a ditadura têm que ser desmascarados."
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou em setembro do ano passado a emissão de um novo atestado de óbito, com base numa decisão tomada pela Comissão da Verdade. Colegiado foi criado para esclarecer as violações dos direitos humanos na época da ditadura militar.
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