CAMPANHA "NÃO ACEITO CORRUPÇÃO"

Em tempos de escândalos de corrupção e de parlamentares condenados pela Justiça, um movimento que tenta despertar a indignação da população contra práticas dessa natureza. 

Na manhã de ontem, o Ministério Público do Ceará promoveu palestra sobre a campanha “não aceito corrupção”, com o objetivo de “desbanalizar” desse tipo de irregularidade no Brasil.

“A ideia é trabalhar o resgate da capacidade de indignação das pessoas. Para que elas não achem que a corrupção é algo normal, corriqueiro, banalizado e aceitável”, explica Roberto Livianu, promotor de Justiça de São Paulo e coordenador da campanha.

Segundo ele, a ação busca também mostrar os efeitos danosos da corrupção nas gerações futuras, bem como explorar o caráter bilateral da prática: “não há só o corrupto. Há também o corruptor, que precisa ser dimensionado no processo”, diz.

Ele destaca o potencial do MP na liderança desse processo decombate à corrupção, mas destaca que é preciso aproximar a questão da população e dos movimentos sociais.

Participaram do debate, que encerrou a semana do MP no Ceará, os mais variados ramos da área no Estado, entre MPs Estadual e Federal, de Contas, Eleitoral, Militar e do Trabalho. “É uma ação importante, até para que nós possamos convidar a sociedade para participar. Precisamos trazer população e movimentos para debate sobre o assunto, incentivar a denúncia como forma de evitar essa prática”, afirma Gleydson Alexandre, procurador de Contas do Tribunal de Contas do Ceará (TCE).

Representantes dos sete ramos do Ministério Público no Estado assinaram ontem um amplo acordo de cooperação, denominado “Fórum do MP de Combate a Corrupção”.

De acordo com o procurador de Contas do TCE, Gleydson Alexandre, a ação busca ampliar a interação entre áreas do MP para agilizar processos contra improbidade administrativa

“Muitas vezes, dois ou três MPs estão investigando a mesma coisa, mas não se conversam. Agora, nós teremos um caminho para essa união”, explica.

Segundo Gleydson, ficaram acertadas reuniões mensais entre os MPs, além de fóruns de discussão na internet. O POVO