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domingo, 18 de novembro de 2012

PREFEITOS JOVENS E RICOS

Por .   Postado  domingo, novembro 18, 2012   Sem Comentários



Mais ricos e mais jovens. Esse é o perfil dos novos prefeitos eleitos para administrar as 83 cidades do Brasil com mais de 200 mil eleitores, além das capitais de Roraima e do Tocantins. Nesse grupo estão as cidades mais ricas e politicamente importantes do país. Embora representem apenas 1,5% do total de municípios do Brasil, elas concentram 36% do eleitorado brasileiro.
As eleições deste ano não representaram uma mudança drástica no perfil dos prefeitos em relação a 2008, mas apontam uma perda da distribuição do poder de grandes partidos como PT e PMDB, a diminuição do número de mulheres eleitas, o aumento da riqueza e a ascensão de candidatos mais jovens. 
O perfil típico, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dos novos prefeitos da maior parte dessas cidades é composto por homens de 48 anos, políticos profissionais, filiados a partidos da base aliada do governo federal, com pelo menos um diploma e com patrimônio declarado superior a 400 000 reais.
Partidos – Mesmo que a maioria das cidades continue nas mãos de partidos da base aliada – 71% do total –, os resultados das eleições deste ano diluíram a influência do PT nesse universo dos 85 municípios, aumentaram o poder do PSB e marcaram a ascensão de pequenos partidos. Em 2008, as 85 prefeituras estavam no poder de 11 partidos, agora estão divididas entre 16. 
O PT perdeu 27% das cidades que comandava nesse grupo de 85 municípios, passando de 22 para 16, mesmo com sua importante vitória em São Paulo. Já o PSB saltou 120%, e vai passar a comandar 11 cidades, contra as cinco conquistadas nas eleições de 2008. Já os partidos da oposição, que passaram a governar 18 cidades em 2008, agora comandam 24. 
Idade - As eleições também baixaram a idade média dos novos prefeitos. Em 2008, a média de idade dos 85 prefeitos era 51 anos. Nestas eleições, caiu para 48 anos, graças a um número maior de eleitos na faixa dos 25 aos 40 anos. Em 2008 eram 9 (10,5%). Agora, são 14 (17,6%).
A queda é provocada principalmente pela renovação do quadro de prefeitos. Nas eleições deste ano, entre os 85 eleitos, apenas 20 já ocupavam o cargo de prefeito. Em 2008, eram 42.
Ainda assim, o termo “renovação” para definir as trocas de comando nas prefeituras é relativo, já que a maioria dos eleitos é formada por políticos profissionais, que já foram deputados, prefeitos ou vereadores. Entre os 85 vitoriosos neste ano, apenas 11 nunca haviam cumprido mandato. 
A média é puxada por novatos como Eduardo Leite (PSDB), o novo prefeito de Pelotas (RS), que tem apenas 27 anos. Leite entrou para a política aos 19 anos e está em seu segundo mandato como vereador. Já Cesar Souza Júnior (PSD), futuro prefeito de Florianópolis e com apenas 33 anos, é o mais novo a comandar uma capital. Em 2008, Luizianne Lins (PT), de Fortaleza, à época com 40 anos, havia sido a mais jovem.
Neste ano, o mais velho da lista é o prefeito eleito de Aracaju, João Alves (DEM), que tem 71. Político há mais 50 anos, já foi prefeito, senador, governador de Sergipe e ministro do governo José Sarney (1985-1990). 
Mais ricos – Na esfera financeira, a maior parte dos eleitos não tem do que reclamar. Vinte e seis deles declaram bens acima de 1 milhão de reais. E apenas 29 dos 85 declararam possuir menos de 400 000 reais em patrimônio. Ao todo, o patrimônio de todos os novos prefeitos chega a 287 milhões de reais.
Em média, eles possuem 3,3 milhões de reais cada, mas o número é puxado pelo patrimônio deMauro Mendes (PSB), eleito para a prefeitura de Cuiabá (MT). Empresário do ramo da siderurgia, Mendes declarou bens que somam quase 117 milhões de reais. Em 2008, o eleito mais rico havia sido seu colega de partido Márcio Lacerda, vencedor em Belo Horizonte. À época, Lacerda declarou possuir bens que totalizavam 55 milhões de reais. Neste ano, reeleito para mais um mandato, declarou estar mais rico: tem agora 58 milhões de reais.
Mesmo com a exclusão de Mendes dos cálculos, o patrimônio médio dos eleitos passou de 1,8 milhão de reais para 2 milhões de reais. Ainda que os prefeitos estejam em média mais ricos, há casos como o de Nelson Bornier (PMDB), de Nova Iguaçu (RJ), e Juninho (PPS), de Cariacica (ES), que declaram não possuir bens. 
Regressão - Mas os dados, que sugerem uma renovação política, também mostram uma leve regressão na escolaridade dos eleitos e na participação feminina. Nessas 85 cidades, a presença das mulheres, que era de 9,4% em 2008, caiu para 4,7% neste ano. Nas eleições anteriores, oito mulheres haviam sido eleitas. Agora, foram quatro – duas delas reeleitas. 
O nível de escolaridade dos eleitos também sofreu uma leve queda. Em 2008, 86% dos eleitos haviam declarado ter completado uma faculdade. Em 2012, a proporção caiu para 82%.VEJA


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