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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A VIOLÊNCIA SE EXPANDE

Por .   Postado  segunda-feira, novembro 26, 2012   Sem Comentários


A violência nas ruas vem se generalizando nas mais variadas formas como assaltos, saidinhas bancárias, roubos e furtos em estabelecimentos industriais, comerciais e de serviços, conflitos armados de gangues juvenis e homicídios em crescimento acelerado, sem que o aparelho policial repressor consiga barrá-los.

Em paralelo com essa onda de ações desencadeadas contra o patrimônio e as pessoas, as quadrilhas armadas, dispondo de alto poder de fogo, migradas do Sul e do Sudeste, estão se disseminando pelo Nordeste. Seu "modus operandi" dá preferência às agências bancárias e, sempre que possível, à explosão de caixas eletrônicos, onde há dinheiro albergado.

No Ceará, a atuação dos malfeitores se divide entre quadrilhas organizadas, executores das ordens de morte ditadas pelo tóxico e conflitos alimentados por gangues de jovens que brigam por motivos fúteis. Os homicídios vêm superando, neste ano, todos os índices de eliminação física de anos anteriores, em razão da insuficiência do aparelho policial militar no interior do Estado, da expansão do consumo de drogas e do agravamento dos conflitos entre os jovens.

A violência praticada por grupos armados é assustadora. Neste ano, 67 estabelecimentos bancários, da Capital e do Interior do Ceará, sofreram ataques de quadrilhas bem armadas e municiadas. Onde não foi possível arrebatar os recursos das baterias de caixa e das tesourarias, os meliantes destruíram pela explosão caixas eletrônicos de 15 agências.

O mais grave nesse amontoado de problemas, à espera urgente de solução, é a falta de presídios para o recolhimento dos criminosos. Em 1993, o País contava com 114 mil presos nos seus estabelecimentos penais. Esse número evoluiu para 515 mil detentos já em 2011. Das 27 unidades da Federação, 26 têm presídios superlotados.

Os efetivos cearenses das Polícias Militar e Civil têm dado demonstrações de competência na execução de seu dever repressor. A questão, para a sociedade, é o que fazer diante da atuação cada vez maior e ousada dos marginais.
DIÁRIO DO NORDESTE.

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