A gestão pública de resíduos sólidos é um desafio histórico para muitas prefeituras cearenses. Isso fica evidente, por exemplo, nos problemas relacionados à coleta de lixo vistos
nos primeiros dias de algumas gestões municipais, e também quando o assunto é a meta - frequentemente postergada - de pôr fim aos lixões.O tema, contudo, tem ganhado certo espaço entre prefeitos neste início de mandato. Ontem, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Fernando Santana (PT), se reuniu com dez gestores de municípios do Cariri, nove deles da Região Metropolitana mais o prefeito de Altaneira.
O encontro, realizado na sede da Prefeitura do Crato, deu início à retomada do consórcio de resíduos sólidos que já existe na região, mas que estava parado. A intenção é, no médio prazo, construir um aterro sanitário no Cariri e acabar de vez com os lixões, problema antigo que assola cidades como Barbalha, Juazeiro do Norte, Crato e Caririaçu, por exemplo.
Recurso garantido
Antes mesmo de reunir os prefeitos, Fernando se encontrou com o governador Camilo Santana (PT). Ele garante que já há verba estadual para construir uma indústria de resíduos sólidos. No Cariri, restabelecer as tratativas econômicas da Região Metropolitana significa tornar a região atrativa para indústrias. Um exemplo disso é que Juazeiro do Norte já foi o terceiro maior polo calçadista do País.
Independência
Destaque para a presença de Glêdson Bezerra (Podemos), prefeito de Juazeiro do Norte, no encontro. Eleito por uma sigla que no Ceará faz oposição ao Governo do Estado, o gestor havia adotado postura de independência ao ser eleito, e prometeu conversar com a gestão estadual em busca de parcerias. Mais que isso: Glêdson quer que o aterro sanitário, que será bancado pelo Estado, seja construído em Juazeiro. Há ainda a possibilidade de o equipamento ser mantido através de parcerias com empresas privadas.
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