Quem ocupar a Prefeitura de Fortaleza em 2021, passadas as eleições municipais, precisará de uma base de
sustentação no Legislativo municipal para tocar a gestão da Capital.
sustentação no Legislativo municipal para tocar a gestão da Capital.
Os 43 assentos, além deste fator mais prático, representam poder para os partidos, algo que interessa a todos: maior o número de vereadores, maior a influência no rumo dos debates e votações.
Há ainda um adicional que já promove um rearranjo na lógica dos partidos: o ano seguinte apresentará novidades nas regras eleitorais, a principal delas o fim das coligações proporcionais. Isto significa que partidos menores que se coligavam com agremiações maiores e, assim, elegiam representantes, agora terão de lutar com as próprias forças.
Assim, o ritmo do planejamento em direção à Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) é acelerado e tratado com atenção pelas legendas. As táticas, diversas, guardam em comum o fato de já estarem sendo pensadas e experimentadas na prática.
Outro ponto em comum é a intenção de todas as legendas consultadas de externarem desejo de ir com força máxima à eleição proporcional, ou seja, com 64 candidaturas.

Ao O POVO, o parlamentar estimou já serem aproximadamente 160 candidatos a candidatos só pelo Pros. Os que não concorrerem a assentos pelo partido, Wagner explicou, serão encaminhados para os partidos que o apoiam.
Hoje, afora o Pros, Podemos, Avante e PSC estão no guarda-chuva do parlamentar, que quer chegar a oito ou nove partidos apoiadores. A bancada do partido dele, hoje, é de três vereadores, se nesta conta entrar Sargento Reginauro, em processo de filiação. Wagner quer chegar com sete ou oito parlamentares em 2021.
Pelo lado governista, o PDT do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, contará com a força da máquina para se mover na corrida eleitoral. Dono da maior bancada da Câmara Municipal, o partido tem meta de bater 12 a 15 vereadores, numa evolução em relação aos atuais dez trabalhistas na Casa. Quem cita o objetivo é André Figueiredo, deputado federal e presidente estadual do partido.
Além das reeleições, a sigla pretende lançar mão de nomes que integram a gestão do prefeito. Caso de Lúcio Bruno, responsável pela Articulação Política da gestão de RC. Indagado, Figueiredo também faz menção a Júlio Brizzi, titular da pasta da Juventude, comumente visto em ambientes onde esta faixa etária frequenta. Os dois, inclusive, assustam a extensa bancada pedetista, com teme perder espaços conquistados na Capital.
A respeito da questão feminina no pleito, com o mínimo obrigatório de 30% das candidaturas, Figueiredo ressalta que o grupo Ação da Mulher Trabalhista, vinculado ao partido, será decisivo para o lançamento das postulantes.
"Temos descentralizado, para que venhamos a buscar grande número de candidatas, juntando professoras, profissionais de saúde", exemplifica.
Wagner também destaca organização feminina no partido. Pelo relato do deputado, este percentual ainda é desafiante. Do total de 160 pré-candidatos mencionados pelo policial, ele diz que 30 são mulheres, mesmo com este esforço tendo sido iniciado há cerca de sete meses. "A gente quer convidadas competitivas e vamos ter condição de eleger mulheres", diz.
O Partido dos Trabalhadores (PT) deverá se apoiar no legado da ex-prefeita Luizianne Lins para defender uma concepção de cidade. Também para apontar falhas na condução de Roberto Cláudio, diz Deodato Ramalho, presidente da executiva municipal.

Possíveis candidatos já cursaram três módulos de um curso relativo ao papel do vereador, ministrados por Vladimir Pomar, que fala sobre marketing político, fiscalização do Executivo e políticas públicas.
Pomar também coordenou campanha do ex-presidente Lula - outro trunfo de todos os candidatos petistas - em 1989. Além da candidatura ao Executivo, com Luizianne em vias de ser anunciada, outra frente é o lançamento de candidatos conhecidos. Além dos três atuais vereadores, o ex-deputado Eudes Xavier deve se lançar ao parlamento. "Eu não vou (sair candidato)", brinca Ramalho, que é ex-vereador.
Intérprete do discurso de renovação na política até no próprio nome, o Novo é o único a submeter a testes os interessados na vida pública. Quem quiser disputar pela chapa de Geraldo Luciano, empresário pré-candidato a prefeito, arca com R$ 350 reais não reembolsáveis. Passa por provas que testarão, por exemplo, a afinidade do pré-candidato com os ideias do partido (liberais) e o posicionamento acerca de temas que envolvem o vereador.
Com este filtro, o presidente estadual da sigla de Amoêdo, Célio Fernando, afirma que a legenda se obterá destaque em qualidade, sem se desviar da ideia de lançar o máximo possível de candidatos. Depois de escolhidos, Fernando destaca que os postulantes ainda serão preparados em reuniões.
Pragmático no avançar pelo Interior, conquistando lideranças de outros partidos, o PSD terá duas baixas na Câmara: perderá Benigno Júnior e Márcio Cruz. O primeiro tem entendimento com o PDT. O segundo, com o PP, conforme apurou O POVO.
O presidente municipal do partido de Domingos Filho, Ely Aguiar, comenta que o partido organizou última reunião no Hotel Umuarama, em frente a Rodoviária João Thomé, para introduzir os pretensos candidatos às diretrizes partidárias.
Aguiar adianta que, dentro da chapa ao Legislativo "só marinheiro de primeira viagem." Nas palavras dele, é modo de atrair número satisfatório de filiações e candidatos. "Quando você tem um partido que não tem vereadores, ele fica muito fica mais viável para aqueles que estão tentando: todos que não foram vereadores estarão concorrendo em condições iguais."
Não vai ter espaço para todo mundo na Casa. Se todos os partidos ouvidos para esta e outras matérias do O POVO atingirem o máximo que pretendem, o número de assentos na Câmara teria de ser 63.
O número é fruto da seguinte soma, que não é definitiva, já que não compreende todas as metas existentes: PDT 15, Novo 15, PSL, 10 Pros, 8 PT, 7 PSD, 5, PSDB, 3.
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