O senador Cid Ferreira Gomes esteve na manhã desta sexta-feira (31) na Assembleia Legislativa, onde participou
de uma audiência pública para discutir os cortes na Educação anunciados pelo governo federal.
de uma audiência pública para discutir os cortes na Educação anunciados pelo governo federal.
Ao lado do presidente da Assembleia, José Sarto, e de reitores de universidades e institutos federais instalados no território cearense, ele criticou a forma como Bolsonaro trata o ensino superior no país.
“Lamentavelmente, este governo, ou pelo menos o núcleo mais central, enxerga a universidade como um inimigo, como um antro da ideologia de esquerda e, em nome disso, resolveu fazer da universidade um vilão. E isso está na fala, isso está no discurso, isso está na prática e, lamentavelmente, não fica só no discurso. O que se vê, em relação aos percentuais que foram impostos de contingenciamento, de corte, às universidades, é algo nunca visto. O Brasil, desde 2014, vive realmente um momento de crise, isso se reflete para o governo na perda de arrecadação”, disse.
Para o pedetista, que já foi ministro da Educação no governo Dilma, na Educação não se mexe. “Eu não sou defensor da irresponsabilidade fiscal, eu acho que a gente tem que administrar as dificuldades e tem que, muitas vezes, impor o sacrifício onde é necessário. Mas a sabedoria popular compreende que a educação é um setor que deve ser poupado ao máximo”, disse.
O senador comparou que, na ‘vida real’, quando é necessário cortar gastos, corta-se em combustível, em qualquer coisa, mas Educação não é alvo de cortes. “Ninguém vai tirar o filho da escola, ninguém vai economizar em livros. E, para piorar o ministro (da Educação) se orgulha de patrocinar esses cortes. Eu nunca vi isso!”, lamentou.
Cid citou ainda que o percentual de jovens cursando universidade no Brasil é de 18%, bem abaixo inclusive de países vizinhos. Ele criticou o que chamou de clima de campanha existente ainda hoje dentre os que compõem o governo federal.
“O que eu enxergo deste governo é que eles acham que continuam em campanha e pretendem se afirmar pela negação, identificar alguns inimigos, entre aspas, e procuram ainda manter a partir de teses geralmente polêmicas, geralmente ridículas, procuram manter o acirramento de ânimos entre os brasileiros. Ninguém governa dessa forma, pelo menos penso eu que não é esse o caminho correto para se governar um país”, afirmou.Blog do Edison Silva
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