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terça-feira, 21 de agosto de 2018

ELEIÇÕES 2018;AUMENTA ESCOLARIDADE DE CANDIDATOS

Por ipuemfoco   Postado  terça-feira, agosto 21, 2018   Sem Comentários


O nível de escolaridade dos candidatos nas eleições deste ano aumentou entre os concorrentes a todos os cargos, mostram dados registrados no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE). Em 2018, quase metade dos que estão na disputa tem diploma de nível superior.

Nas últimas eleições gerais, em 2014, havia 11,8 mil candidatos com nível superior completo, o equivalente a 45% do total. Neste ano, são 13,7 mil (49%).

O cargo com a maior parcela de candidatos com diploma universitário é o de vice-presidente. Todos os 13 que pleiteiam a vaga têm o título. Já entre os presidenciáveis, 11 declaram ter ensino superior, um informa ter ensino fundamental completo, Lula (PT), e um ensino superior incompleto, João Goulart Filho (PPL).

Em seguida estão os candidatos a governador: 87% têm ensino superior completo. Para esse cargo, houve o maior aumento proporcional de diplomados, de 8 pontos porcentuais.

O cientista Bruno Bolognesi, professor da Universidade do Paraná (UFPR), aponta três motivos para o alto índice de candidatos com diploma universitário:

1-O maior número de pessoas com ensino superior na pulação

2-A desigualdade do sistema eleitoral e partidário

3-A maior capacidade financeira dos candidatos

“O ensino superior tem aumentado em toda a população. Naturalmente, vai aumentar também entre os candidatos”, diz Bolognesi. 


Segundo o IBGE, a parcela da população brasileira com ensino superior completo aumentou de 11,3%, em 2010, para 15,3%, em 2016. Mesmo com esse crescimento, o percentual é muito inferior ao dos candidatos.

O cientista político atribui essa diferença ao sistema eleitoral e partidário, que reforça as desigualdades existentes na sociedade.

“Ter ensino superior é uma característica importante para atrair votos ao partido, mesmo que o candidato não vá ganhar”, diz. “Num país em que o percentual de pessoas com diploma é muito pequeno, ter ensino superior já coloca em destaque a pessoa, por conta do status social. Além disso, a pessoa cria uma rede de contatos muito maior do que quem não frequentou uma universidade. E essa rede é muito importante durante a campanha.”

Outro fator é a renda dos candidatos. Um trabalhador com ensino superior completo recebe, em média, 5,7 vezes o rendimento de outro com até um ano de estudo.

“Em outros países, o partido equilibra, dá dinheiro para os que têm menos condições”, diz Bolognesi. “No Brasil, o sistema reforça a desigualdade. Dá mais dinheiro para quem tem mais voto, tem mais dinheiro e tem mais chance de se eleger.”

Partidos
Um dos fatores que também contribuem para o aumento das candidaturas com nível superior nas eleições deste ano é a estreia do partido Novo. A sigla adota um sistema de seleção que privilegia aqueles que cursaram uma faculdade. Como resultado, 91% dos candidatos do partido declararam ao TSE ter ensino superior completo. Em seguida, estão PSDB, com 63% e PT, com 62,7%. O partido com menos diplomados é o PTC, com 31,7% dos candidatos.



Segundo Bolognesi, a escolaridade dos políticos não é normalmente levada em conta pelos cientistas políticos ao analisar o desempenho dos candidatos. Isso porque outros fatores acabam sendo muito mais relevantes, como o cargo que ocupa no Congresso, no caso dos parlamentares, a posição de cada um no partido, as articulações para conseguir verbas e se manter no cargo, além dos interesses pessoais.

“Depois de eleito, o que a gente tem observado é um descolamento muito elevado entre representantes e representados. Com ou sem diploma”, diz Bolognesi.G1

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