Pages

domingo, 9 de abril de 2017

CONVULSÃO PETISTA

Por ipuemfoco   Postado  domingo, abril 09, 2017   Sem Comentários

Atônito, e com a Lava Jato em seu encalço, o PT não consegue medir mais nem suas decisões políticas internas. 

A última sandice, com as bênçãos de Lula, foi fechar em torno do nome de Gleisi Hoffmann, acusada de corrupção, para presidir a legenda. Mas nem isso é consenso

O PT entrou em estado de desespero. Com os principais líderes do partido na prisão – entre eles, os outrora todo-poderosos ex-ministros José Dirceu e Antônio Palocci –, o partido encontra dificuldades para sair das cordas com a Lava Jato cada vez mais em seus calcanhares. 

A busca desenfreada por um nome capaz de presidir a sigla até 2018 dá a exata de dimensão do nível da insanidade petista. Primeiro, tentou-se Luiz Inácio Lula da Silva. Mas o ex-presidente capitulou. 

Réu em cinco ações com condenações em primeira instância batendo à porta, Lula prefere dedica-se a salvar a própria pele. Também foi cogitado o nome ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, mas ele nem quis conversa. 

O cúmulo da sandice petista se materializou na escolha de uma personagem mais do que controversa para presidir a legenda: a senadora Gleisi Hoffmann (PR). 

E com as bênçãos de Lula. Nada poderia ser mais sintomático do que esta opção. Trata-se da representação da legenda nos dias de hoje, em que sobram argumentos histriônicos e faltam conteúdo, ideologia e moral.

Em um momento em que a sociedade anseia por mudanças de postura, pelo abandono das velhas práticas, somente um ímpeto de completo desespero, aliado a ausência total de quadros qualificados, pode explicar a decisão de colocar para comandar a militância a senadora encrencada na Lava Jato. 

Sem mencionar as outras denúncias contra seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, acusado pelo empresário Marcelo Odebrecht, em depoimento ao TSE, de cobrar uma contrapartida de R$ 64 milhões, em 2009, por uma linha de crédito obtida pela empreiteira no governo federal. 

Além de duvidosa estratégia, a indicação sequer foi fruto de consenso. Ao contrário, causou fissuras internas, inclusive com o senador Lindbergh Farias (RJ), que, embora tenha recebido apelo de Lula, se insinua ao cargo e já avisou: não abrirá mão da candidatura.

Agindo dessa forma, a sigla perde a oportunidade de promover uma profunda renovação para tentar salvar a legenda. Pelo visto, os pensadores do partido não entenderam o recado das urnas. 

O resultado pode ser o mesmo conhecido das eleições de 2016: uma “lambada”. Foi essa a definição do ex-governador Olívio Dutra (RS) ao comentar o desempenho pífio do PT nas últimas eleições municipais, elegendo apenas 256 prefeitos, contra 630 prefeituras em 2012.Cartilha deturpada

Mesmo sendo alertado da maneira errada como vem fazendo política, o PT não faz a alteração em sua cartilha com a deturpação da filosofia (maniqueísta) propagada por Maniqueu, filósofo cristão do século III. 

A adaptação petista da obra do pensador determina que a população brasileira está dividida em dois lados. Um é a elite, representada por partidos de centro e de direita mais a classe empresarial. 

O outro é o proletariado, composto por petistas, aliados e a população pobre. Discurso que Gleisi reza “ipsis litteris”. Principalmente, para justificar as derrotas do partido e os próprios fracassos.

A indicação dela ao cargo de presidente do partido mostra que a cabeça da executiva petista é hermética. Tão logo soube do resultado aquém do esperado, o partido decidiu entender a causa da derrota acachapante em São Paulo em 2016, inclusive, na periferia da capital paulista. 

E encomendou uma pesquisa da Fundação Perseu Abramo. O estudo concluiu que o campo democrático-popular do partido precisa produzir narrativas contra-hegemônicas mais consistentes e menos maniqueístas. Ou seja, a estratégia de hostilizar a elite e os partidos de oposição está batida e anacrônica.

Se escolher como presidente uma parlamentar implicada na Lava Jato, o PT perde a oportunidade de promover uma renovação para tentar salvar a legenda

O PT no cadafalso

O partido está num beco sem saída. Entenda as circunstâncias políticas que envolvem a sucessão ao comando da sigla, hoje nas mãos do presidente Rui Falcão:

O Conflito

Dois senadores investigados pela Lava Jato disputam a presidência nacional do PT, que elegerá o sucessor de Rui Falcão em junho: Gleisi Hofmann (PR) e Lindbergh Farias (RJ)

Gleisi Hoffmann

O ex-presidente Lula já decidiu que a nova presidente será Gleisi. Ela poderá afundar de vez o partido. Responde a ação penal no STF por recebimento de doação ilegal de R$ 1 milhão para a campanha dela ao Senado em 2010

Lindbergh Farias

A opção por Gleisi promete azedar de vez a disputa pelo poder dentro do partido. O senador Lindbergh, que também é investigado, não aceita a decisão de Lula. Ameaça não retirar sua candidatura e criar uma cisão

Corrupção

As últimas denúncias de corrupção varreram os principais quadros do partido, como José Genoino, Delúbio Soares, João Paulo Cunha, implicados no mensalão; e José Dirceu, Antônio Palocci, João Vaccari e André Vargas, no petrolão

Sobre o autor

Adicione aqui uma descrição do dono do blog ou do postador do blog ok

0 comentários:

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
.
Voltar ao topo ↑
RECEBA NOSSAS ATUALIZAÇÕES

© 2013 IpuemFoco - Rádialista Rogério Palhano - Desenvolvido Por - LuizHeenriquee