Em 2013, de 171 mil internações causadas pela violência no trânsito, cerca de 89 mil ocorreram após acidentes com motos. Em dez anos, a frota de motos cresceu 241,7% –no Norte e Nordeste, as motos são quase metade da frota de veículos.
A disparada de internações de motociclistas voltou a acender um alerta no Ministério da Saúde, que agora elabora um novo projeto para conter o problema –e também para diminuir os gastos na saúde: em seis anos, houve aumento de 171% nos custos com internações no SUS por acidentes com motos. Só em 2013, foram gastos R$ 231 milhões com internações causadas pelo trânsito.
Segundo o ministro Arthur Chioro, o impacto, porém, pode ser ainda maior se somados os gastos na saúde privada, previdência, afastamento do trabalho e outros motivos. "Há estudos que mostram que no Brasil o impacto por ano bate em R$ 28 bilhões o que perdemos com acidentes de trânsito", afirma.
O governo também avalia medidas como financiamento na compra de equipamentos de proteção, como capacetes, ações de educação no trânsito e possibilidade de adoção de uma faixa de recuo entre motos e carros. Estados, municípios e ministérios devem participar da elaboração das novas ações.
Ao todo, 180 cidades concentram cerca de metade das mortes por acidente com motociclistas no país. Piauí é o Estado que apresenta a maior taxa de mortalidade por esse motivo: 21,1 óbitos a cada 100 mil habitantes.
Em seguida, estão Roraima e Sergipe, ambos com cerca de 17,5 mortes a cada 100 mil habitantes. No Brasil, a taxa de mortalidade por acidentes com motociclistas é de 6,3 –um aumento de 194,5% em dez anos. O aumento no número de feridos em acidentes com motos também preocupa associações médicas.247
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