O PSDB, partido que sonhava com o impeachment da presidente Dilma Rousseff, terminou a semana ao som de 25 mil pessoas, no estádio Couto Pereira, em Curitiba, gritando "Fora Richa".
Um fecho melancólico para os tucanos, que foram incapazes de solidarizar aos professores agredidos pela Polícia Militar do governo Richa, no último dia 22.
Um mutismo eloquente que ecoou até entre colunistas do jornal O Globo. Jorge Bastos Moreno, em seu blog, criticou o "silêncio ensurdecedor" de Aécio Neves (PSDB-MG), presidente nacional da legenda. Ricardo Noblat, por sua vez, foi direto ao ponto no artigo "Perdeu, playboy".
A violenta repressão policial aos professores envergonhou o Brasil, ganhou as páginas e telas da imprensa internacional e revelou a dificuldade do PSDB de se colocar ao lado em defesa de movimentos sociais. No Primeiro de Maio, o senador Aécio desfilou ao lado do deputado Paulinho da Força (SD-SP), que, com a tradicional elegância, chamou a presidente Dilma de "desgraçada".
Distante do povo, os tucanos poderiam contar, como sempre, com o apoio dos meios de comunicação. E, neste fim de semana, dois tiros de canhão estavam previstos: um contra o ex-presidente Lula, outro contra o marqueteiro João Santana.
O problema é que as duas denúncias não ficaram 30 segundos de pé. A de Época, sobre um suposto lobby de Lula no BNDES em favor de empreiteiras, entra para o anedotário da imprensa brasileira. A da Folha foi rebatida, de forma extremamente competente, pelo próprio João Santana, que exigirá retratação da Polícia Federal.
Bom, sendo assim, restam as manifestações. Mas o mico da semana foi dado por Kim Kataguiri, líder do chamado Movimento Brasil Livre, que organiza as passeatas pelo impeachment. Confrontado com uma simples tentativa de entrevista de um repórter, ele mandou a foto de sua bunda por email.
É, pelo jeito, deu m...(247)
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