O senador Renan Calheiros, presidente do Senado, recebeu na noite desta segunda o ministro da Fazenda,
Joaquim Levy, com um anúncio bomba: o PMDB passará a defender a autonomia do Banco Central.
A idéia, que tem a oposição dos governos petistas desde Lula, está completamente fora da pauta do Planalto e da Fazenda, que correm contra o tempo para aprovar a ajuste fiscal. Um líder de oposição não teria feito melhor.
Renan explica que, segundo imagina propor, o mandato da diretoria do Banco Central seria diferente do da Presidência da República - como a candidata de oposição Marina Silva defendeu na última campanha, aquela em que o PMDB se elegeu ao lado do PT para governar o país.
Renan explica que, segundo imagina propor, o mandato da diretoria do Banco Central seria diferente do da Presidência da República - como a candidata de oposição Marina Silva defendeu na última campanha, aquela em que o PMDB se elegeu ao lado do PT para governar o país.
Os pemedebistas silenciaram sobre a questão no momento do debate, quando a eleição estava em jogo.
A autonomia da autoridade monetária do país é adotada em diversos países e agrada o mercado. Seria utilizada como sinalização de que o governo abre mão de interferir na gestão da moeda. Mas vai na direção oposta ao que Dilma deseja e ao que defendeu na campanha.
Uma vez formalizada, a proposta tem chance de prosperar no Congresso, principalmente se ao PMDB se juntarem as forças de oposição e aliados insatisfeitos. O PT ficará isolado na defesa da manutenção das regras atuais. E o governo Dilma será posto à prova justamente no seu momento mais frágil. Se pretende promover um ajuste, porque não apoiar a sinalização maior de autonomia da gestão econômica?
Com a nova bomba, Renan leva o Planalto às cordas, num momento em que Dilma se recusa a mover as cadeiras do ministério na direção que interessa o PMDB. O partido almeja pastas de peso político e orçamentário, como a articulação política (Relações Institucionais) e Integração Nacional. Dilma faz ouvidos moucos. Pois agora é capaz de começar a ouvir.CHRISTINA LEMOS
A autonomia da autoridade monetária do país é adotada em diversos países e agrada o mercado. Seria utilizada como sinalização de que o governo abre mão de interferir na gestão da moeda. Mas vai na direção oposta ao que Dilma deseja e ao que defendeu na campanha.
Uma vez formalizada, a proposta tem chance de prosperar no Congresso, principalmente se ao PMDB se juntarem as forças de oposição e aliados insatisfeitos. O PT ficará isolado na defesa da manutenção das regras atuais. E o governo Dilma será posto à prova justamente no seu momento mais frágil. Se pretende promover um ajuste, porque não apoiar a sinalização maior de autonomia da gestão econômica?
Com a nova bomba, Renan leva o Planalto às cordas, num momento em que Dilma se recusa a mover as cadeiras do ministério na direção que interessa o PMDB. O partido almeja pastas de peso político e orçamentário, como a articulação política (Relações Institucionais) e Integração Nacional. Dilma faz ouvidos moucos. Pois agora é capaz de começar a ouvir.CHRISTINA LEMOS
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