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sexta-feira, 18 de julho de 2014

CEARÁ TEM CASO CONFIRMADO DE FEBRE CHIKUNGUNYA

Por ipuemfoco   Postado  sexta-feira, julho 18, 2014   Sem Comentários

Um caso de febre Chikungunya importada da República Dominicana foi confimado no Ceará. A informação foi divulgada, ontem,17/07 pela Secretaria da Saúde do Estado
(Sesa), através de nota técnica. De acordo com a Sesa, a ocorrência foi registrada no município de Brejo Santo (localizado a 510km de Fortaleza), em um homem, de 25 anos, residente em Pernambuco, que, em junho, viajou para a República Dominicana. 

Ele retornou ao Brasil em julho e deslocou-se para o município cearense para visitar a família, sendo diagnosticado com a doença que é causada pelo vírus CHIKV, transmitido pelos mosquitos Aedes aegypti (o mesmo da dengue) e o Aedes albopictus.

De acordo com a nota técnica, o paciente começou a apresentar os sintomas da doença, que são semelhantes ao da dengue (febre alta, cefaleia, dor ao redor dos olhos e dores nas articulações), no dia 2 de julho, sendo atendido por um médico no dia seguinte. O médico suspeitou da Chikungunya e determinou o isolamento, por 10 dias, para evitar a transmissão autóctone, ou seja, a transmissão dentro do território nacional.

PROCEDIMENTOS

O médico solicitou exames laboratoriais e informou a Secretaria Municipal da Saúde sobre a suspeita de febre Chikungunya. A Secretaria Municipal, sob orientação da Sesa, fez: a busca ativa do caso suspeito através da visita domiciliar, a investigação do caso através de coleta de dados, a coleta de amostra de sangue para diagnóstico laboratorial a ser feito pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen), ações de prevenção e controle com borrifação com UBV (fumacê) em um raio de 200 metros da residência e a inspeção dentro da casa e nos arredores.

O diagnóstico foi confirmado laboratorialmente, terça-feira (15), e, segundo a Sesa, o paciente já se recuperou, tendo retornado na quarta-feira para Recife, onde reside. De acordo com a Sesa, os procedimentos adotados pelo município seguem as recomendações da Secretaria de Vigilância em Saúde e o Ministério da Saúde.

A suspeita é que o paciente, que durante a viagem à República Dominicana percorreu as cidades de Santo Domingo, San Cristobal, Santiago e Dajabón, tenha contraído a doença no país da América Central, que tem mais de 90 mil casos diagnosticados. No Brasil há registro apenas de casos importados. Até o dia oito deste mês, foram confirmados 20 casos.

CASOS PELO MUNDO

Segundo a Sesa, a Chikungunya é caracterizada por febre de início súbito e dor articular intensa. De acordo com o Ministério da Saúde, a doença tem transmissão autóctone restrita a países da África e Ásia, até então com registros de casos importados nos Estados Unidos, Canadá, Guiana Francesa, Martinica, Guadalupe e no Brasil.

No final do ano passado, foi registrada a transmissão autóctone da doença em vários países do Caribe. Já esse ano, a Organização Mundial de Saúde (OMS) registrou a transmissão da doença em 17 países e territórios no Caribe e América do Sul.

Ainda conforme a nota técnica da Sesa, no atual momento, o principal objetivo da vigilância é detectar, em tempo oportuno, os casos suspeitos importados de CHIKV para permitir um controle adequado evitando a transmissão autóctone. “Havendo transmissão autóctone, o objetivo será estabelecer uma resposta adequada para interromper a transmissão”, completa a nota.

SERVIÇO

Secretaria de Saúde do Estado

Contato: (85) 3101 5123

INFORMAÇÕES SOBRE A FEBRE CHIKUNGUNYA
• Qual a forma de transmissão?

A doença é transmitida pela picada da fêmea de mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus infectados. Conforme a nota técnica da Sesa “o mosquito adquire o vírus CHIKV ao picar uma pessoa infectada, durante o período de viremia. Não existe transmissão de pessoa a pessoa, a única forma de infecção é pela picada do mosquito”.

• Há um grupo de pessoas mais vulnerável à doença?

O vírus, de acordo com o documento, pode afetar pessoas de qualquer idade ou sexo, mas os sinais e sintomas tendem a ser mais intensos em crianças e idosos.

• Como a doença se manifesta?

A Chikungunya manifesta-se clinicamente em três fases: aguda, subaguda e crônica. Na fase aguda, os sintomas aparecem de forma brusca e compreendem febre alta e dores nas articulações. Os sintomas costumam persistir por 7 a 10 dias, mas a dor nas articulações pode durar meses ou anos e, em certos casos, converter-se em uma dor crônica incapacitante para algumas pessoas.

• O que pode contribuir para diferenciá-la da dengue?

O predomínio da dor articular sobre os outros sintomas, além de o paciente definir claramente quais são as articulações afetadas.

• Qual o tratamento?

Não existe tratamento específico para a infecção aguda pelo vírus Chikungunya, analgésicos e antitérmicos devem ser utilizados para controle da dor e da febre.

• Existe vacina?

Não existe vacina disponível. Segundo a nota da Sesa, pacientes infectados pelo vírus de CHIKV são reservatórios de infecção para os outros na casa e na comunidade. 

Logo, no momento, as medidas de saúde coletiva devem ser estabelecidas para minimizar a exposição do paciente ao mosquito evitando que ocorra transmissão autóctone. Recomenda-se que os pacientes com Chikungunya usem calças e mangas longas.OE

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