A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) divulgou nota ontem em solidariedade ao procurador da República Oscar Costa Filho, do Ministério Público Federal no Ceará (MPF-CE).
O texto é assinado pelo presidente em exercício da entidade, procurador da República José Robalinho Cavalcanti, e condena a postura adotada pelo secretário da Saúde do Ceará, Ciro Gomes (Pros), ao agredir verbalmente o procurador cearense.
Na segunda-feira passada, 14, o procurador concedeu entrevista coletiva na qual acusou o irmão do governador Cid Gomes (Pros) por improbidade administrativa e afirmou que Ciro estaria atrapalhando investigações sobre o suposto sumiço de materiais do Hospital Regional Norte, em Sobral.
Em reação, Ciro divulgou nota na qual chamou o procurador de “irresponsável”, “politiqueiro mentiroso”, “tresloucado” e informou que irá processá-lo por calúnia.
“Além do equívoco de mérito nas declarações e palavras do secretário (...) são de se estranhar e lamentar ainda mais os termos ofensivos utilizados por autoridade tão experiente”, diz a nota, que acrescenta: “A crítica é livre e legítima em um estado democrático, e só ganha em gravidade, mas também em esperada responsabilidade, quando advinda de um homem público com esta história”, completa Cavalcanti.
Para a NPR, Oscar foi “injustamente ofendido, de forma pessoal e descabida, em razão de atuação funcional em diversos casos ligados à saúde e ao meio ambiente”. Ainda na nota, o presidente da ANPR destaca que o trabalho do Ministério Público prima pela legalidade, impessoalidade e sólida base jurídica.
O embate
Na sexta-feira da semana passada, Oscar divulgou relatório do Ministério da Saúde que apontava o sumiço de material do hospital em Sobral. No dia seguinte, Ciro foi ao Município acompanhar nova inspeção solicitada ao órgão do Governo federal, para mostrar que os equipamentos estavam lá, embora alguns ainda sem uso.
Na segunda-feira, o procurador acusou o secretário de crime político e prevaricação e pediu sua exoneração por postura “incompatível para continuar à frente da pasta”.
Na nota, Ciro disse que Oscar age com “ânsia patológica por aparecer e se aprofunda na sua leviandade”. Ele ainda o acusou de ameaçar funcionários da pasta. “O tempo em que ele oprimia, com ameaças, modestos servidores da Secretaria da Saúde do Estado acabou no dia da minha posse”.
Saiba mais
Já vêm de algum tempo os embates entre Governo do Estado e membros do Ministério Público. Ao comentar o caso do hospital de Sobral, o governador Cid Gomes havia dito que as ações de Oscar Costa Filho viraram “palanque político contra o Governo”.
Em janeiro, Cid classificou o procurador de Contas Gleydson Alexandre de “garoto que deseja aparecer e fica criando caso”. Ele havia questionado o cachê de R$ 650 mil a Ivete Sangalo, na inauguração do hospital.
Em julho, Ciro disse que o procurador Alessander Sales deveria “pendurar melancia no pescoço” para aparecer. Na mesma ocasião, tachou Oscar de “exibicionista” e “politiqueiro”. A polêmica da vez era sobre a construção de viadutos no Cocó.OPOVO
Na segunda-feira passada, 14, o procurador concedeu entrevista coletiva na qual acusou o irmão do governador Cid Gomes (Pros) por improbidade administrativa e afirmou que Ciro estaria atrapalhando investigações sobre o suposto sumiço de materiais do Hospital Regional Norte, em Sobral.
Em reação, Ciro divulgou nota na qual chamou o procurador de “irresponsável”, “politiqueiro mentiroso”, “tresloucado” e informou que irá processá-lo por calúnia.
“Além do equívoco de mérito nas declarações e palavras do secretário (...) são de se estranhar e lamentar ainda mais os termos ofensivos utilizados por autoridade tão experiente”, diz a nota, que acrescenta: “A crítica é livre e legítima em um estado democrático, e só ganha em gravidade, mas também em esperada responsabilidade, quando advinda de um homem público com esta história”, completa Cavalcanti.
Para a NPR, Oscar foi “injustamente ofendido, de forma pessoal e descabida, em razão de atuação funcional em diversos casos ligados à saúde e ao meio ambiente”. Ainda na nota, o presidente da ANPR destaca que o trabalho do Ministério Público prima pela legalidade, impessoalidade e sólida base jurídica.
O embate
Na sexta-feira da semana passada, Oscar divulgou relatório do Ministério da Saúde que apontava o sumiço de material do hospital em Sobral. No dia seguinte, Ciro foi ao Município acompanhar nova inspeção solicitada ao órgão do Governo federal, para mostrar que os equipamentos estavam lá, embora alguns ainda sem uso.
Na segunda-feira, o procurador acusou o secretário de crime político e prevaricação e pediu sua exoneração por postura “incompatível para continuar à frente da pasta”.
Na nota, Ciro disse que Oscar age com “ânsia patológica por aparecer e se aprofunda na sua leviandade”. Ele ainda o acusou de ameaçar funcionários da pasta. “O tempo em que ele oprimia, com ameaças, modestos servidores da Secretaria da Saúde do Estado acabou no dia da minha posse”.
Saiba mais
Já vêm de algum tempo os embates entre Governo do Estado e membros do Ministério Público. Ao comentar o caso do hospital de Sobral, o governador Cid Gomes havia dito que as ações de Oscar Costa Filho viraram “palanque político contra o Governo”.
Em janeiro, Cid classificou o procurador de Contas Gleydson Alexandre de “garoto que deseja aparecer e fica criando caso”. Ele havia questionado o cachê de R$ 650 mil a Ivete Sangalo, na inauguração do hospital.
Em julho, Ciro disse que o procurador Alessander Sales deveria “pendurar melancia no pescoço” para aparecer. Na mesma ocasião, tachou Oscar de “exibicionista” e “politiqueiro”. A polêmica da vez era sobre a construção de viadutos no Cocó.OPOVO
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