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terça-feira, 23 de abril de 2013

SUSPEITO DO ATAQUE A BOSTON,AFIRMA TER AGIDO SOZINHO COM O IRMÃO

Por .   Postado  terça-feira, abril 23, 2013   Sem Comentários

Tamerlan (E) e Dzhokhar Tsarnaev, suspeitos dos atentados em Boston Foto: HANDOUT / REUTERS
Do leito do hospital de Boston, Dzhokhar Tsarnaev, suspeito do atentado à maratona há uma semana, teria confessado o crime na noite desta segunda-feira. Segundo fontes da rede CBS, o jovem de 19 anos, indicou que ele e seu irmão, morto na semana passada, agiram sozinhos e motivados pela religião. 

Tamerlan Tsarnaev, de 26 anos, seria o mentor dos crimes e teria aprendido todas as técnicas usadas nos ataques pela internet, de acordo com a rede CNN. Dzhokhar, que se comunica por escrito por causa dos ferimentos, recebeu mais cedo a acusação ainda no hospital para o qual foi levado depois do cerco que culminou em sua detenção na sexta-feira. 

Ainda segundo a CBS, Dzhokhar está cooperando com as autoridades, que não encontraram qualquer evidência de laços com as principais organizações terroristas.

Dzhokhar responderá por usar e conspirar para o uso de armas de destruição em massa - conceito bastante amplo na legislação dos EUA -, resultando em morte; e destruição intencional de propriedade por meio de explosivos, também levando a mortes. A pena de morte é uma punição prevista na lei federal americana para os dois delitos.

Naturalizado americano - ganhou a cidadania em setembro passado - Dzhokhar não será julgado como “combatente inimigo”, o que poderia levá-lo a um tribunal militar e, caso condenado, à prisão da base de Guantánamo. Em vez disso, o suspeito ficará diante de uma corte civil federal - segundo a ONG Human Rights First, os tribunais civis condenaram quase 500 pessoas por terrorismo desde os atentados de 11 de setembro de 2001.

Ainda em estado crítico e bastante sedado, o suspeito tem “aparentes ferimentos à bala” no pescoço, na cabeça, nas pernas e em uma das mãos, segundo o texto assinado pelo agente especial do FBI Daniel Genck no qual a acusação formal é pedida.

A explicação sobre as lesões de Dzhokar é uma amostra de um documento que contém, por um lado, o mais detalhado relato até agora do que aconteceu entre a explosão das bombas na maratona e a prisão do suspeito; por outro, os detalhes quase sempre trazem junto uma dúvida. No caso dos ferimentos, o texto não esclarece se foram provocados pelo próprio suspeito ou por tiros de policiais.

O texto também confirma, com base em imagens da câmera de segurança de uma loja de conveniência, que os irmãos Tsarnaev estavam em um carro roubado na madrugada de quinta para sexta-feira, quando houve o tiroteio no qual Tamerlan foi baleado - ele morreu no hospital horas depois, segundo autoridades. 

Mas o documento não especifica qual dos Tsarnaev cometeu o assalto. Segundo o motorista do carro roubado, cuja identidade não foi revelada, o veículo foi levado por apenas um dos irmãos - e que teria feito uma confissão na hora do crime:

- Você soube das explosões em Boston? Eu fiz aquilo - disse o homem, de arma em punho.

O motorista contou também que foi obrigado a dirigir para buscar o outro irmão. Quando pararam em um posto de gasolina para ir à loja de conveniência, os irmãos saíram do carro, e a vítima do assalto aproveitou para fugir a pé. Depois disso veio o confronto com os policiais, do qual Dzhokhar conseguiu fugir com o carro, deixando para trás Tamerlan, ferido, e ao menos duas bombas contidas em panelas de pressão da mesma marca das usadas na maratona e que também continham estilhaços de metal.

O documento do FBI também detalha o que o agente especial Daniel Genck viu ao analisar fotos e vídeos da explosão das bombas que mataram três pessoas e feriram ao menos outras 176 na Maratona de Boston. 

Ao falar da segunda bomba, Genck diz não ter notado nada antes da explosão que possa ter sido a causa dela, a não ser a mochila deixada por Dzhokhar no local da detonação. Ainda segundo o agente, o suspeito usou um celular segundos antes da primeira explosão e, ao contrário de todos ao seu redor, reagiu calmamente ao que aconteceu logo depois.

Suspeita de homicídio em 2011

A acusação não faz menção a Dzhokhar como terrorista, definição que tem sido usada por integrantes do governo americano - mais cedo, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, se referiu ao suspeito como “esse terrorista” - apesar de a lei do país definir terrorismo como “violência premeditada e politicamente motivada, cometida contra alvos não combatentes por grupos subnacionais ou agentes clandestinos”.

Com Dzhokar ainda praticamente impossibilitado de colaborar com a polícia, autoridades foram atrás de Katherine Tsarnaev, casada com Tamerlan há pelo menos três anos. Ela nada disse a agentes federais que a visitaram no domingo. Segundo o advogado de Katherine, Amato DeLuca, sua cliente trabalhava pelo menos dez horas diárias como agente de saúde, todos os dias da semana, e nunca considerou o marido suspeito de algo. DeLuca disse também que, enquanto Katherine trabalhava, Tamerlan cuidava da filha do casal, de 3 anos.

Também veio à tona que investigadores do Massachusetts verificam possíveis ligações do mais velho dos irmãos Tsarnaev com o assassinato de três homens em 2011. Um dos mortos, Brendan Mess, era amigo de Tamerlan.OGLOBO

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