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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

FILHO DE RENAN DIZ SER O DONO DA RÁDIO REGISTRADA EM NOME DO PAI

Por .   Postado  quarta-feira, janeiro 16, 2013   Sem Comentários

O filho do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o deputado federal Renan Filho (PMDB-AL), diz ser sócio de uma rádio que, oficialmente, nos registros do Ministério das Comunicações, nunca o teve como cotista e está em nome de um funcionário do gabinete de seu pai, Carlos Ricardo Nascimento Santa Ritta.


 Além disso, o parlamentar se apresenta como cotista da Rádio Correio de Alagoas. No entanto, essa emissora não existe no cadastro do ministério, que está atualizado até 14 de janeiro deste ano e cujo conteúdo foi confirmado pela assessoria da pasta. O deputado informou, por meio de sua assessoria, que todas suas emissoras estão registradas em seu Imposto de Renda.


Em 2007, no auge da crise no Senado, quando corria o risco de perder o mandato, o senador Renan Calheiros veio a público negar que utilizasse laranjas para esconder uma suposta sociedade em rádios em Alagoas. 

Porém, passados cinco anos, a situação continua a mesma: o Sistema Alagoano de Radiodifusão, que aparece na declaração de bens entregue por Renan Filho à Justiça Eleitoral em 2010, está registrado oficialmente em nome de Santa Ritta e de José Carlos Pacheco Paes.

Em 2008, quando concorreu à reeleição à prefeitura de Murici, o filho do senador informou que detinha apenas 40 mil cotas, no valor de R$ 40 mil, do Sistema Costa Dourada de Radiodifusão. 

Em dois anos, passou a ser sócio, juntamente com o primo do senador, Ildefonso Tito Uchoa, de mais duas rádios com retransmissoras em cidades do interior — além do Sistema Alagoano, no qual possui participação de R$ 25 mil, há também a Rádio Correio de Alagoas Ltda, com R$ 49.709.


Carlos Ricardo Nascimento Santa Ritta, funcionário de Renan Calheiros (PMDB-AL) no Senado, adquiriu as quatro concessões de rádio nas cidades de Água Branca, Joaquim Gomes, Murici e Porto Real do Colégio, em 2007. Na época, a empresa vencedora da licitação era a JR Radiodifusão, que tinha o servidor como sócio. Depois, passou a integrar o Sistema Alagoano de Radiodifusão.

A JR ofereceu R$ 1,005 milhão pela outorga. A empresa, no entanto, havia sido criada anteriormente e era uma sociedade entre Renan e o deputado João Lyra (PSD-GO). Os dois depois brigaram e, por causa desse rompimento, os negócios do senador vieram a público.

Lyra colocou na sociedade o corretor de imóveis José Carlos Pacheco Paes, e Renan, por sua vez, colocou Santa Ritta. Depois, o assessor do senador deu lugar ao filho do parlamentar, Renan Filho, e Paes cedeu sua parte na sociedade para o primo de Renan, Tito Uchoa.

Quando a oposição tomou conhecimento desses fatos, tentou derrubar Renan no Senado. Na época, o senador já se via em maus lençóis por causa da relação que manteve com a jornalista Mônica Velloso, da qual resultou uma filha, reconhecida por ele.

 O pagamento da pensão alimentícia, segundo denúncias, era feito por um lobista ligado a uma construtora — o que o senador negou, argumentando que tinha bens e recursos suficientes para honrar o pagamento.

Mas a revelação de que ele poderia ter omitido rendimentos de sua declaração de bens e utilizado laranjas para esconder patrimônio pôs mais lenha na fogueira.

Renan negou que se valesse de tais práticas. No final, teve de renunciar à presidência do Senado para preservar o mandato. Reeleito para mais oito anos, agora é o candidato favorito a presidir novamente a Casa.O GLOBO



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