O Ceará iniciou, neste domingo (17), a semana em que, mais uma vez, o governador Camilo Santana (PT) terá que decidir sobre o decreto de isolamento social na Capital e no Interior do Estado.
Os números da pandemia assustam. São quase 25 mil pessoas contaminadas no Ceará com 1.641 mortos até o domingo. As mortes continuam em viés de alta. Na última semana epidemiológica, o crescimento dos óbitos foi de 30% em relação à semana anterior.
Os dados da epidemia e o confronto deles com a estrutura hospitalar cearense, quase esgotada em leitos de UTI, nos revelam a seguinte realidade: será muito difícil, em seguindo a lógica adotada até aqui, o governador relaxar o isolamento social.
O desafio desta semana, entre governador e o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, parece ser avaliar os resultados do isolamento rígido e fazer, se for o caso, ajustes no decreto em relação às regras mais duras adotadas na Capital, que concentra a parte esmagadora dos casos do Ceará. Desde o dia 8 de maio, o índice de isolamento cresceu, mas a falta de fiscalização para cumprimento das normas tem dificultado, como mostrou o Diário do Nordeste.
Desacelerando...
Mas há, na estatística, uma notícia alentadora, pelo menos em primeira análise. Na última semana epidemiológica, entre o domingo (10) e o sábado (16), houve 552 mortes na comparação com a semana anterior, que havia registrado 424 óbitos, um crescimento de cerca de 30%.
O viés de alta, entretanto, está mostrando uma desaceleração. Na comparação do período imediatamente anterior, o crescimento havia sido de 35%. Se olharmos mais para trás, entre a 17ª semana epidemiológica e a 18ª, em abril, o crescimento de mortes de uma semana para a outra havia sido de 113%. É preciso avaliar tecnicamente se as medidas mais rígidas de restrição de circulação têm peso decisivo nisso.DN
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