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sexta-feira, 24 de setembro de 2021

CPI DA COVID FECHA O CERCO AO GOVERNO BOLSONARO

Por ipuemfoco   Postado  sexta-feira, setembro 24, 2021   Sem Comentários

 


O relatório final da comissão de investigação no Senado deve indiciar Bolsonaro por sete crimes contra a saúde pública: outros 30 integrantes do governo também serão denunciados.


Na reta final de encerramento dos trabalhos, a cúpula da CPI da Covid no Senado foi surpreendida com novos fatos que vieram à tona esta semana e que têm potencial para incriminar ainda mais o presidente Jair Bolsonaro por sua gestão criminosa posta em prática durante a pandemia. 


Diante dos episódios envolvendo o estudo da Prevent Senior, acusada de usar a hidroxicloroquina para o tratamento de seus pacientes com Covid, levando-os à morte, os senadores ficaram convencidos de que as irregularidades contaram com a conivência do governo, o que agravará a situação do mandatário no relatório final que está sendo elaborado pelo senador Renan Calheiros. 


Além do crime de prevaricação, Bolsonaro será denunciado ainda por outros sete ilícitos penais contra a saúde pública, fechando-se assim o cerco da comissão parlamentar ao presidente e ao seu entorno.


Tratado como um dos assuntos mais sensíveis da investigação até agora, o caso da Prevent Senior ofereceu à CPI maior segurança para enquadrar Bolsonaro pelo crime de genocídio. A operadora de saúde ocultou a morte de nove pacientes que participaram de um estudo voltado para provar a eficiência da cloroquina no tratamento da Covid-19 e médicos denunciaram que foram coagidos pela empresa a receitar a substância indevidamente. 


Bolsonaro apoiou a pesquisa e chegou a elogiar a iniciativa nas redes sociais, sem citar as mortes provocadas pelo uso da cloroquina e outros medicamentos considerados ineficazes no combate ao vírus.

DESRESPEITO A senadora Simone Tebet (à esq.) reagiu ao ministro Wagner Rosário (CGU), que a chamou de “descontrolada”: machismo (Crédito:Leopoldo Silva)


Em depoimento à CPI na quarta-feira, 22, o diretor-executivo da Prevent Senior, Pedro Batista Júnior, admitiu que a operadora de saúde alterou fichas de pacientes internados em hospitais da rede para retirar o registro de que o paciente estava com Covid, inserindo outras doenças no lugar. Os senadores consideram que o executivo confessou um crime e por isso ele saiu do Senado na condição de investigado.


Além do diretor da Prevent Senior, outros 30 nomes já constam como indiciados no relatório que está sendo elaborado pelo senador Renan Calheiros. O número de acusados pela CPI pode aumentar até a primeira semana de outubro, quando a comissão pretende apresentar o documento. 


Outro que passou à condição de investigado foi o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário. Suspeito por prevaricação no caso da Covaxin, o ministro prestou depoimento à CPI na terça-feira, 21, e provocou um grande tumulto na comissão. Questionado sobre sua atuação na investigação sobre a compra da vacina indiana, Rosário bateu-boca com parlamentares e ofendeu a senadora Simone Tebet (MDB-MS), ao chamá-la de “descontrolada”, o que gerou uma forte reação dos senadores.

Família investigada

Os senadores devem ainda incluir no rol de investigados o filho 04 do mandatário, Jair Renan, e sua mãe Ana Cristina Valle, ex-mulher de Bolsonaro. Ambos foram citados no depoimento do advogado Marconny Albernaz Faria, apontado como lobista da Precisa Medicamentos. Faria disse que mantém relação de amizade com Renan, Ana Cristina e Karina Kuffa, advogada do clã. Mensagens do celular de Faria apontam que Ana Cristina entrou em contato com o Palácio do Planalto para influenciar no processo de escolha do Defensor Público-Geral Federal. A previsão é de que os depoimentos da ex-mulher do mandatário e do 04 aconteçam na semana que vem.


Como a CPI necessita ser concluída até o próximo dia cinco de novembro, os senadores preparam uma estratégia para avançar nas investigações que não ainda estão pendentes. O plano é reunir mais informações para que outras autoridades continuem as apurações. O colegiado encaminhará o relatório final a tribunais internacionais, à Polícia Federal, ao Ministério Público Federal e ao Supremo Tribunal Federal. 


Além disso, vai articular com outros parlamentares da Casa a instalação de outras CPIs. Entre os sete senadores que compõem a cúpula atual, já se fala na criação de outra comissão de investigação para apurar a participação do senador Flávio Bolsonaro em supostos esquemas de corrupção nos hospitais federais do Rio, e outra para apurar as rachadinhas da família Bolsonaro. 


Os parlamentares querem causar constrangimento ao presidente no cenário internacional, colando a ele a imagem de genocida. No âmbito nacional, a ideia é gerar o maior desgaste possível à imagem do ex-capitão, como forma de inviabilizar sua reeleição.ISTOÉ SENHOR

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