PRIMEIRO PRESÍDIO DE SEGURANÇA MÁXIMA DO CEARÁ SERÁ INAUGURADO ESTE MÊS

Novidade foi divulgada durante abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa do Estado. Camilo Santana disse que cadeias se transformaram em "escritórios do crime".

O governador Camilo Santana (PT) anunciou que o primeiro presídio de segurança máxima do Ceará será inaugurado até o final deste mês de fevereiro com "o que há de mais moderno". A notícia foi divulgada durante abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa do Estado (AL-CE), na manhã desta segunda-feira, 3. 

Durante seu discurso, afirmou que "o problema do crime e da violência, que é nacional, precisa continuar sendo enfrentado com cada vez mais força e determinação", e cobrou a continuidade do trabalho do Governo Federal. "Principalmente protegendo as fronteiras do País, por onde entram drogas e armas que abastecem os grupos criminosos", disse.

Camilo Santana enfatizou a necessidade de intervir no sistema penitenciário, em todo o País, e diz que nos últimos anos as cadeias "se transformaram em escritórios do crime". "Bandidos presos passaram a comandar seus negócios ilícitos de dentro das celas, dando ordens para execução de inimigos e determinando ações para espalhar pânico na população", continuou.

Em 2019, começou a funcionar a Secretaria da Administração Penitenciária do Estado do Ceará, comandada pelo secretário Mauro Albuquerque. A intervenção no sistema prisional do Ceará desencadeou uma série de reações de facções criminosas, incluindo ataques transportes coletivos, prédios públicos e privados e ameaças. Durante o ano passado, chefes de grupos criminosos que estavam presos no Ceará foram transferidos para presídios de segurança máxima.

"Por outro ado, o Estado passou a investir cada vez mais em projetos que visam a ressocialização e reinserção social dos presos. Nas unidades prisionais foram ampliados serviços de saúde, educação, atendimento jurídico, além da inclusão profissional", destaca. "Mas essa organização do sistema penitenciário tem que ser ação coordenada pelo Governo Federal".

Com informações do repórter Filipe Pereira/OPOVO