A força-tarefa do Governo Federal que passou pelo Ceará no meio do Carnaval pode ser dividida em duas frentes, levando-se em conta os posicionamentos públicos: uma destacando a necessidade de cumprimento da Constituição e a outra de com afagos políticos.
O movimento de policiais militares no Estado tem sido marcado por atos políticos simbólicos e de todas as esferas. O ministro da Defesa, Fernando Azevedo, e o advogado Geral da União, André Mendonça, clamaram para que os amotinados retomem as atividades pelo bem da sociedade cearense, sempre deixando claro os ditames constitucionais que proíbem a possibilidade de greve de militares. Até aí tudo bem.
Moro de outrora
Já o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, veio ao Ceará com um personagem diferente de outrora. Ao julgar os processos na Operação Lava-Jato, ainda como juiz federal, ele ficou conhecido pela intransigência no cumprimento da lei, levando absolutamente tudo ao pé da letra.
Em passagem por Fortaleza, porém, o agora ministro não deu uma palavra para reafirmar o “império da lei”, que o caracterizou e deu a ele prestígio em todo o Brasil. Moro não proferiu uma palavra para, mesmo em tom conciliatório (que o momento exige, diga-se de passagem), ponderar que o movimento ocorre ao arrepio da Constituição. Coube a ele o papel mais político.DN
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