O Ministério Público do Ceará (MP-CE) instaurou inquérito civil público contra o prefeito de Caucaia, Naumi Amorim (PSD), para apurar suposta perseguição política de diretores e coordenadores de escolas do município para fins eleitorais. Segundo a denúncia, ele teria pressionado educadores para alavancar a candidatura da esposa, Érika Amorim (PSD), a deputada estadual em 2018.
"Comprovou-se que os promovidos (Naumi e Érika) fizeram uso de cargos comissionados vinculados a Secretaria de Educação de Caucaia para fins de perseguição política de funcionários públicos que não declarassem apoio e voto a candidatura", diz portaria da promotora Margarida de Carvalho Barbosa, publicada no Diário Oficial do MP-CE desta terça-feira, 21.
Além de Naumi e da esposa, ação também cobra investigação contra a ex-secretária de Educação de Caucaia, Lindomar da Silva Soares.
"(A ação provocou) utilização de servidores em prol de campanha política e causando embaraço ao exercício das funções", diz a portaria, que destaca ainda que o inquérito deve ser prontamente convertido em ação de improbidade administrativa.
"(A ação provocou) utilização de servidores em prol de campanha política e causando embaraço ao exercício das funções", diz a portaria, que destaca ainda que o inquérito deve ser prontamente convertido em ação de improbidade administrativa.
"O feito encontra-se regularmente instruído, não havendo necessidade de produção de novas provas, restando configurado ato de improbidade administrativa, pronto para ajuizamento de ação de improbidade administrativa em face dos promovidos", destaca o texto.
Naumi e Érika rejeitam acusações
Em nota, a Prefeitura de Caucaia afirmou que não houve qualquer comprovação de irregularidades ou de vantagem à então candidata Érika Amorim no caso. “E não há qualquer prova de o prefeito Naumi Amorim e a então secretária Lindomar Soares tiveram conduta irregular. Por isso, a gestão está certa de que a decisão será revertida”, diz a gestão.
A Prefeitura de Caucaia também destaca, através de sua assessoria de imprensa, que irá recorrer do caso em todas as instâncias cabíveis.(colaborou Lucas Barbosa).Por Carlos Mazza/OPOVO
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