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quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

RACHADINHA; NOVO ESCÂNDALO ENVOLVENDO FILHO DO PRESIDENTE

Por ipuemfoco   Postado  quinta-feira, dezembro 19, 2019   Sem Comentários


O ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz recebeu mais de R$ 2 milhões em 483 depósitos feitos por 13 assessores

ligados ao hoje senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), na época deputado estadual, segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro. A defesa nega as acusações.

As informações, obtidas por meio da quebra de sigilo bancário, constam na decisão do juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Rio, que deu origem a uma operação deflagrada nesta quarta-feira (18). 

O MP cumpriu 24 mandados de busca e apreensão na investigação sobre um esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do RJ (Alerj).

São investigados Queiroz e outros ex-assessores de Flávio Bolsonaro e parentes de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, que foram empregados no gabinete de Flávio.

Dos R$ 2.062.360,52, segundo o MP, 69% foram depositados como dinheiro em espécie.

Ainda de acordo com os investigadores, quase R$ 3 milhões foram sacados da conta de Queiroz e que a "quantidade predominante de operações em 'dinheiro vivo' não ocorreu por mera coincidência, mas sim com a finalidade de ocultar a origem e o destino do dinheiro". Segundo o MP, ainda não foi identificado de onde saíram mais de R$ 900 mil em depósitos.

A investigação da suspeita de que havia a "rachadinha" -- um esquema de repartição de salários -- no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj começou há quase 2 anos. O filho do presidente foi deputado estadual por quatro mandatos.

Uma das buscas desta quarta-feira foi em uma loja de chocolates que tem entre os donos Flávio Bolsonaro – o MP suspeita que ela tenha sido usada para lavagem de dinheiro.

O endereço fica em um shopping na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. A porta teve que ser arrombada porque a loja ainda estava fechada quando os agentes chegaram. Foram recolhidos relatórios de contabilidade.

A operação mira também familiares da ex-mulher do presidente Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, que foram empregados no gabinete de Flávio.

A ação foi realizada após o Supremo Tribunal Federal autorizar o compartilhamento de dados do Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) e da Receita Federal com o Ministério Público sem autorização da Justiça.

O relatório do Coaf aponta movimentações financeiras de servidores e ex-servidores da Alerj e de pessoas relacionadas a eles que, segundo a investigação, são incompatíveis com a capacidade financeira dos citados.

Queiroz se tornou então o principal nome da investigação, que tem como alvos o próprio senador e outras 96 pessoas físicas e jurídicas. Todos tiveram seus sigilos bancário e fiscal quebrados.

Em julho, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, suspendeu a investigação. Ele atendeu a um pedido da defesa de Flávio Bolsonaro, que reclamou que as informações usadas pela Coaf não tinham autorização da Justiça. No início de dezembro, o STF liberou o compartilhamento de informações e a investigação recomeçou.

Esquema de lavagem


Fabrício Queiroz foi assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro — Foto: Reprodução/JN

Segundo a decisão do juiz, a pedido do MP, "a investigação detalha a atuação de seis grupos de integrantes de uma associação criminosa com alto grau de permanência e estabilidade, composta por dezenas de assessores da Alerj nomeados pelo ex-deputado estadual Flávio Bolsonaro e outras pessoas físicas e jurídicas, para a prática de crimes de peculato e lavagem de dinheiro".

O Ministério Público diz que o cruzamento de dados bancários levou à conclusão de que Queiroz era o operador financeiro do esquema de "rachadinhas" e que os ex-assessores repassavam seus parcelas de seus salários.

Durante os anos 2000, Fabrício trabalhou por mais de dez anos como segurança e motorista de Flávio. Queiroz recebia da Alerj um salário de R$ 8.517 e acumulava rendimentos mensais de R$ 12,6 mil da Polícia Militar. Ele foi exonerado do gabinete de Flávio na Alerj em outubro de 2018.

O que dizem os citados

O advogado Frederick Wassef, responsável pela defesa de Flávio Bolsonaro, negou a existência de rachadinha no gabinete do senador.

“Não vão encontrar absolutamente nada nessa busca e apreensão. Ao contrário, virão novos elementos que demonstrarão de forma inequívoca e incontestável a inocência do senador Flavio Bolsonaro. Jamais existiu rachadinha. Jamais houve repasse de recursos para as contas de Flavio Bolsonaro ou de suas empresas. Seja pela pessoa da Fabrício Queiroz, seja por qualquer outra pessoa.”

Em nota, a defesa de Fabrício Queiroz informou ter recebido a notícia da busca "com tranquilidade e ao mesmo tempo surpresa". "É absolutamente desnecessária, uma vez que ele sempre colaborou com as investigações, já tendo, inclusive, apresentado todos os esclarecimentos à respeito dos fatos", disse.

Ao G1, Ana Cristina disse que não poderia se pronunciar porque o processo corre em segredo de Justiça.

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