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sábado, 26 de outubro de 2019

ÓLEO PODE CAUSAR CÂNCER

Por ipuemfoco   Postado  sábado, outubro 26, 2019   Sem Comentários


Segundo o professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Rivelino Cavalcante, a substância poluente é tóxica e cancerígena. 

A contaminação acontece por meio de ingestão, inalação ou através do contato com a pele.

O vazamento de petróleo cru na orla marítima já atingiu, pelo menos, 26 praias do Ceará. A substância poluente chegou ao Estado no final de agosto último. 

Desde então, ambientalistas e pescadores têm feito ações no litoral para retirar as manchas de óleo em alto mar. Contudo, nas palavras do professor de Ciências Ambientais da Universidade Federal do Ceará (UFC), Rivelino Cavalcante, a iniciativa de voluntários pode ser perigosa, tendo em vista que o resíduo é tóxico e cancerígeno.

"Todo material fóssil, principalmente petróleo, é composto de multissubstâncias e têm orgânicos voláteis que caracterizam o odor forte. Não tem nada bem certo, mas ele pode causar quase todo tipo de câncer que a gente conhece. Por ser uma substância lipossolúvel, tende a se espalhar por todo o organismo e transpassa facilmente a membrana celular, alterando o código genético", explica.

Conforme o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), já foram recolhidas pelo menos 2,05 toneladas de resíduos (óleo + areia aderida) das praias cearenses. Uma porção do material coletado foi destinado a uma cimenteira para incineração, em Sobral, na região Norte.

Contaminação

Na noite de ontem (25), mais quatro pontos de banho foram confirmados com manchas de óleo: Barro Preto, em Aquiraz; Tabubinha e Praia das Fontes, em Beberibe, além de Cofeco, na Capital. A informação faz parte do mapa de balneabilidade da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace).

Ainda segundo o professor Rivelino Cavalcante, banhistas, voluntários envolvidos na remoção das manchas e as próprias espécies marinhas que têm contato com a substância podem ser contaminados por três vias: ingestão, inalação e subcutâneo (pele).

"Normalmente, os animais estão expostos a esses três tipos. Já o ser humano, por não entender os riscos que esse material tem, o contato dele vai ser mais pela pele ou por inalação. A ingestão acontece a partir do momento que ele se alimentar desses animais que estejam contaminados".

Perigos

O óleo já tem colocado em risco os animais aquáticos. Isso porque, pelo menos sete tartarugas foram encontradas mortas em decorrência do material, de acordo com o Instituto Verde Luz, Organização Não Governamental (ONG). O período de desova da espécie está se aproximando, principalmente, em praias já atingidas,como a Sabiaguaba.

"A partir de agora, vamos perceber mais os impactos para a vida marinha. Novos animais podem ser infectados, de forma secundária, pela substância. Se um animal não oleado se alimenta de outro infectado. Então essa é a realidade, temos que saber quanto o sistema vai suportar isso", afirma Cavalcante.

O Instituto de Ciências do Mar (Labomar) da UFC recolheu 14 amostras de óleo nas praias cearenses para análise. No dia 16 deste mês, o material foi encaminhado para o Instituto Oceanográfico de Woods Hole, em Massachusetts, nos Estados Unidos.

O objetivo é que o centro de pesquisa e educação estadunidense auxilie nas descobertas das propriedades químicas do material. O laudo deve ficar pronto na próxima semana. Porém, há poucas informações que possam levar à origem exata do petróleo cru que contaminou inúmeras praias do Nordeste.

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