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quinta-feira, 5 de setembro de 2019

AS INTRIGAS QUE ANTECEDEM 2020

Por ipuemfoco   Postado  quinta-feira, setembro 05, 2019   Sem Comentários

Os bastidores fervilham a mais de um ano da eleição municipal. Porém, sem nem mesmo o candidato estar escolhido, é travada uma disputa aberta por alianças. 

O dia de ontem foi atípico e revelador na política de Fortaleza. Durante a manhã, o presidente municipal do PTC, Adriano Bento, anunciou decisão unânime da direção do partido em Fortaleza de deixar a base do prefeito Roberto Cláudio (PDT). Poucas horas depois, o presidente estadual Tomaz Holanda destituiu a direção municipal e disse que está com Roberto Cláudio e não abre.

Os bastidores fervilham a mais de um ano da eleição municipal. É raro que isso ocorra neste nível. A essa altura, o normal é pré-candidatos estarem disputando para ver quem se lançará na disputa. Porém, sem nem mesmo o candidato estar escolhido, é travada uma disputa aberta por alianças. 


Afinal, mesmo sem se saber quem será o nome governista, sabe-se que o prefeito terá candidato. E, também, que Capitão Wagner (Pros) puxará a oposição. Esses referenciais fazem com que os partidos, sobretudo de menor expressão, movam-se em órbita frenética e por vezes errática.

O prefeito Roberto Cláudio tenta retardar os movimentos eleitorais. Mas, ontem se viu forçado a agir. A reação governista para trazer de volta o PTC é mais sintomática que o movimento do Capitão Wagner para levar o partido para seu lado. O pré-candidato do Pros manteve a rota que tem trilhado, na busca de aliados. A articulação do prefeito, porém, saiu da fleuma que a caracterizava.

O gesto é revelador de três coisas: o prefeito evita se manifestar sobre eleição, porém:

1) Está atento aos movimentos.

2) Está incomodado com o avanço do Capitão Wagner.

3) Tem armas e poder de reação.

Por que o prefeito respondeu

Por que Roberto Cláudio se movimentou para segurar o PTC? A resposta vai além da relevância da sigla para a base governista. Nos movimentos pré-eleitorais, demonstrações de força e de fraqueza podem ser decisivos. A obtenção de apoios por Wagner tem relevância além da contabilidade eleitoral. O impacto é simbólico. A resposta do prefeito é uma sinalização de que pode estar calado, mas não está morto.

Claro, outra parte está no fato de o acordo com o PTC estar aparentemente amarrado em bases firmes. Não se deixa aliado escorrer por entre os dedos. Tomaz Holanda chegou ao partido há dois meses. Novato, não hesitou em dissolver todo o comando municipal, que havia decidido romper com o prefeito de forma unânime, para se manter governista. Fosse uma sigla com o mínimo de solidez, ela teria sido implodida.

A pressão da viabilidade

Capitão Wagner tem dado sinalizações e recados políticos pelos movimentos que faz. Roberto Cláudio vinha mandando mais recados pelos movimentos que não faz. Mexia com peças de forma estratégica e localizada, mas sem ser definitivo. Como ao colocar Samuel Dias na vitrine. Porém, ao evitar o debate, sinalizava uma postura aos aliados. 

Desta vez, a rápida resposta à tentativa de deserção do PTC - e a implosão da direção municipal do partido que veio junto - também é um recado contundente.

A base do prefeito está pressionada pela intensidade com a qual Wagner se move.

O prefeito tem uma estratégia, tem força e a demonstra.

Até o começo de 2020, todavia, terá de apresentar um candidato e ele terá de se mostrar viável aos potenciais aliados.ÉRICOFIRMO/OPOVO


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