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quarta-feira, 10 de julho de 2019

JORNALISTA PAULO AMORIM MORRE AOS 77 ANOS

Por ipuemfoco   Postado  quarta-feira, julho 10, 2019   Sem Comentários

Sua morte, aos 77 anos, cala uma voz importante no telejornalismo. A imprensa precisa de profissionais que façam a diferença – e não de meros repetidores de notícias oficiais.

O jornalista e apresentador Paulo Henrique Amorim morreu nesta madrugada aos 77 anos após sofrer um infarto fulminante.


Ele havia acabado de retornar de um jantar com amigos e estava em casa, no Rio de Janeiro, quando passou mal. A informação foi confirmada pela Record. Em entrevista para o telejornal SP No Ar, o jornalista Michael Keller, que trabalhou com Amorim por quase 10 anos, lamentou a morte do colega:

"Ele era muito do contraditório. Era contundente nas colocações dele, mas também ouvia quando a gente falava. Já tive discussões com ele. Nessa hora só procuramos exaltar o profissional e a pessoa que ele foi. Mas tive discussões no 'Domingo Espetacular' em situações políticas e profissionais. O Paulo era desse jeito. Ele tinha um ponto de vista e dificilmente conseguia mudar o ponto de vista dele. A discussão era salutar. Era uma pessoa com quem que aprendi muito pelo contraditório".

Amorim deixa uma filha e a mulher, a jornalista Geórgia Pinheiro. Paulo Henrique Amorim trabalhava na Record TV desde 2003, onde apresentou o Jornal da Record - 2ª edição, ajudou a criar o Tudo a Ver e esteve à frente do Domingo Espetacular, até junho passado, quando foi afastado da revista eletrônica, em um momento em que fazia fortes críticas ao governo de Jair Bolsonaro (PSL). 


Em nota, a Record informou que ele havia deixado o programa e que permanecia na emissora à disposição para novos projetos. O jornalista estreou no jornal A Noite, em 1961, foi correspondente em Nova York da revista Realidade e trabalhou na Veja.

Na TV, passou também por Manchete e Globo, onde teve fases como correspondente internacional, Band e TV Cultura. Em 1972, ganhou Prêmio Esso na categoria informação econômica pela reportagem "A renda dos brasileiros", pela revista Veja. Entre 2000 a 2004, o jornalista passou pelo UOL, onde foi âncora do UOL News, programa pioneiro de jornalismo em vídeo na internet brasileira.

Atualmente mantinha um blog, chamado Conversa Afiada, em que abordava assuntos sobre política e economia. No blog, o jornalista fazia duras críticas ao governo Bolsonaro e também a veículos de mídia, como a Rede Globo.

Jornalista controverso

Paulo Henrique Amorim era conhecido pelo temperamento forte, por vezes polêmico, e chegou a enfrentar processos na Justiça. Em 2016 ele foi condenado por injúria racial contra o jornalista Heraldo Pereira, da Globo. Em um post em seu blog Conversa Afiada, publicado em 2010, Amorim chamou o colega de profissão de "negro de alma branca".Ele já havia sido condenado a pagar 30 salários mínimos por ofensas ao jornalista Merval Pereira.

"Olá, tudo bem?".

Paulo Henrique Amorim ficou famoso pelo bordão "olá, tudo bem?". O conhecido cumprimento surgiu após a participação do jornalista em uma edição especial da rede americana CNN. 
"A editora da CNN disse que gostaria que correspondentes estrangeiros saudassem o público americano na sua língua própria. Eu fiz uma vinhetinha falando 'Olá, tudo bem?', que é a maneira que nós brasileiros saudamos as pessoas", disse ele ao extinto Programa do Porchat. 

De volta ao hotel é que Paulo Henrique se deu conta de que havia encontrado um bordão: "Um americano que me viu na CNN me reconheceu e falou 'olá, tudo bem?' [imitando sotaque]. Aí eu [pensei]:'Opa, é um bordão'. E como diz o Boni, televisão é bordão".UOL/PORTALTERRA

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