Pages

terça-feira, 30 de julho de 2019

FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL; BAIXO EFETIVO DIFICULTA O TRABALHO

Por ipuemfoco   Postado  terça-feira, julho 30, 2019   Sem Comentários


Atualmente, menos de 300 agentes são responsáveis por coibir os crimes contra o meio ambiente. 

Número não é suficiente para cobrir toda as regiões do Estado e, com isso, muitos animais são vítimas de caça ilegal.

O número de animais apreendidos nos primeiros seis meses de 2019 representa pouco menos de 4% do total registrado em igual período do ano passado, conforme levantamento da Polícia Militar do Meio Ambiente do Ceará. 

No primeiro semestre deste ano, foram 3.655 apreensões relacionadas à caça ilegal e crimes ambientais no Estado, contra 3.758 animais aprendidos nos primeiros seis meses de 2018.

Em média, são mais de 20 animais, a maioria aves, apreendidos por dia. Diante do alto número, a Associação Caatinga avalia que, caso o efetivo policial fosse maior, muitos animais, sobretudo os ameaçados de extinção, não seriam alvos fáceis da caça e venda ilegal. Atualmente, apenas 298 policiais ambientais atuam no combate a crimes ambientais no Ceará. Eles estão lotados nas três Companhias existentes: Fortaleza, Juazeiro do Norte e Sobral.

O maior número está concentrado na capital cearense, 205, na 1ª Cia. No Cariri, são 50 policiais ambientais na 2ª Cia, e na Zona Norte, 43, na 3ª Cia. O efetivo diminuto deixam desprotegidas, sobretudo, as unidades de conservação, cujas áreas extensas concentram uma grande quantidade de espécies nativas.

Caso a fiscalização fosse mais rígida e abrangente, observa o coordenador de Educação Ambiental da Associação Caatinga, Sandino Silva, muitos animais vítimas da caça não estariam, hoje, ameaçados de extinção. 

"Sabemos que ela (caça) é alimentada pelo comércio ilegal nas grandes cidades, em feiras clandestinas, e que muitas pessoas com poder aquisitivo alto encomendam animais silvestres abatidos para servir como iguaria. A caça é uma prática antiga no Brasil inteiro. Hoje, sabemos que a motivação é muito mais recreativa do que para a sobrevivência e que a conscientização daqueles que compram animais silvestres é tão crucial quanto o trabalho de fiscalização contra a caça".

A tenente Luziane Freire reconhece o limitado número de oficiais no Ceará e, diante disso, explica que as ações são estrategicamente desempenhadas em áreas de risco. "Realizamos operações constantemente nas regiões onde há denúncias dos órgãos ambientais. A participação da população também é muito importante. As pessoas podem fazer as denúncias anônimas pelo 190", explica.

Conscientização

Frente a dificuldade de, a curto prazo, aumentar o efetivo de policiais ambientais, Sandino destaca como alternativa o investimento em campanhas educativas na área.

"A solução é um trabalho consistente de educação ambiental, a fim de alertar as pessoas para os malefícios da caça", pontua o coordenador da Associação Caatinga, ao destacar algumas espécies da fauna brasileira que estão ameaçadas de extinção, como o tatu-bola, a onça-parda, o soldadinho-do-araripe e o periquito-cara-suja.

Sobre o autor

Adicione aqui uma descrição do dono do blog ou do postador do blog ok

0 comentários:

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
.
Voltar ao topo ↑
RECEBA NOSSAS ATUALIZAÇÕES

© 2013 IpuemFoco - Rádialista Rogério Palhano - Desenvolvido Por - LuizHeenriquee