A Justiça condenou um homem e duas mulheres pela morte do radialista Gleydson Carvalho, em agosto de 2015. O crime aconteceu no estúdio da rádio Liberdade FM, em Camocim, 347 km de Fortaleza. Thiago Lemos da Silva foi condenado a 27 anos de reclusão, Gisele Souza do Nascimento e Regina Rocha Lopes devem cumprir 23 anos. O trio foi condenado por homicídio qualificado e participação em organização criminosa.
De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Ceará, o pistoleiro Thiago Lemos da Silva, invadiu o local de trabalho da vítima e a executou. Foram efetuados três disparos, sendo certo que um dos projéteis alvejou a cabeça do radialista, que não resistiu aos ferimentos. O óbito da vítima aconteceu a caminho do Hospital Deputado Murilo Aguiar.
O homem foi contratado por João Batista Pereira da Silva, tio do então prefeito do Município de Martinópole, que não aceita as denúncias e críticas sobre supostas irregularidades no âmbito da gestão municipal, feitas pela vítima, durante a transmissão de um programa de rádio.
Gleydson Carvalho chegou a relatar que estava sendo ameaçado de morte. Gisele Souza e Regina Lopes tinham conhecimento da atividade ilícita e auxiliaram no apoio logístico para que não fossem levantadas suspeitas sobre a fase de levantamento do local mais adequado para execução da vítima e das rotas de fuga mais exitosas após a consumação do homicídio.
Segundo Gisele Souza, o valor acertado para a execução da vítima seria de R$ 9.000,00, mas esta não soube detalhar se seria este o valor para cada uma das três execuções acertadas ou se o montante já abrangeria todo o “serviço” que seria realizado de modo gradativo, assim como ela não soube precisar se o valor indicado seria divido entre os pistoleiros ou se cada um receberia tal importância.
Na ocasião, o pistoleiro se evadiu de forma desabalada, inclusive, abandonado armas de fogo que foram empregadas na execução, documentos pessoais, bilhetes de passagens, celulares, a importância de R$ 1.800,00 em dinheiro em espécie, além de outros objetos pessoais.
Ainda segundo a denúncia do MPCE, há fortes indícios de envolvimento de outras pessoas não identificadas, sobretudo, no financiamento e formatação do elaborado plano de execução do radialista.CNEWS
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