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terça-feira, 15 de janeiro de 2019

ASSALTOS A CARROS FORTES NO BRASIL BATEM RECORDE EM 2018

Por ipuemfoco   Postado  terça-feira, janeiro 15, 2019   Sem Comentários

O Brasil registrou no ano passado um recorde no número de ataques a carros-fortes em todo o país. Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Segurança Privada (Contrasp),
as quadrilhas especializadas nesse tipo de crime cometeram um assalto à frota a cada três dias, totalizando 116 ocorrências em 2018. Em 2015, quando o levantamento passou a ser realizado, foram 71 ocorrências país afora.

O relatório da Contrasp registra a ação do crime organizado contra agências bancárias e seus clientes — a chamada saidinha —, caixas eletrônicos, além de casas lotéricas e unidades dos Correios de todo o país.

O documento mostra que as quadrilhas especializadas em ataques a carros-fortes nunca estiveram tão atuantes e com um poderio bélico — metralhadoras antiaéreas, fuzis, explosivos e carros blindados — sofisticado. O aumento no poder de fogo das quadrilhas se reflete no número crescente de vítimas. Em 2018, 70 pessoas morreram em meio a ações criminosas contra instituições financeiras e seus clientes, mais que o dobro de 2017, quando 30 mortes foram contabilizadas.

Alvo de uma onda crescente de violência, a região Nordeste foi o território mais visado pelos criminosos. Seis dos oito estados nordestinos registraram mais da metade dos ataques de todo o país. Foram 63 ocorrências. 


A Bahia, com 18 ataques, está no topo do ranking, seguida de Pernambuco, com 12. No centro de uma crise na segurança pública, o Ceará registrou 11 ocorrências, mesmo número da Paraíba. Alagoas e Sergipe não registraram esse tipo de crime no ano passado.

Membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o professor da Universidade de Vila Velha, Pablo Lira, afirma que o aumento da violência nos ataques ao sistema bancário revela o avanço das facções no chamado Brasil profundo.

— Vem se configurando um novo quadro dessa violência específica, com finalidade econômica, para abastecer de dinheiro facções criminosas, principalmente no interior do Brasil. Isso demonstra o quão latente é a impunidade que perpetua crimes cada vez mais graves.

Presidente da Contrasp, João Soares tem a mesma opinião sobre o aumento das ocorrências no Nordeste. Para ele, os estados nordestinos ficaram reféns de uma modalidade de crime chamada pelas próprias forças policiais de “novo cangaço”.

— Os marginais fecham a cidade pequena, e praticam o crime do chamado novo cangaço. Esse volume grande de dinheiro retirado dos carros-fortes acaba abastecendo o crime organizado. Quem faz o ataque são operários. Tem alguém que chefia. Até um mercado de aluguel de arma de grosso calibre já existe — diz Soares.

Fonte: “O Globo”

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