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quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

CEARÁ;MINISTÉRIO PÚBLICO PEDE CASSAÇÃO DE 10 DEPUTADOS ELEITOS ACUSADOS DE ILÍCITOS ELEITORAIS

Por ipuemfoco   Postado  quarta-feira, dezembro 19, 2018   Sem Comentários


Dez deputados estaduais e federais eleitos em 2018 poderão ter o diploma e o registro de candidatura cassados. Em 37 ações ajuizadas, o Ministério Público Eleitoral aponta a prática de abuso de poder, conduta vedada, gasto irregular em campanha e captação ilícita de votos envolvendo os dez acusados e mais dezenas de pessoas igualmente envolvidas nas irregularidades, que também poderão ser condenadas a pagamento de multa e até inelegibilidade. Todas as ações serão julgadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Os deputados estaduais eleitos com pedido de cassação protocolado são Aderlânia Noronha, André Fernandes, Danniel Oliveira, Erika Amorim, Leonardo Araújo, Sérgio Aguiar e Tin Gomes. Já os deputados federais alvos de ação do MP Eleitoral que poderão ter os diplomas cassados são Eduardo Bismarck, Geneciais Noronha e Idilvan Alencar. Todos eles estão envolvidos em casos de conduta vedada ou de abuso de poder político ou econômico.

Além deles, os candidatos não eleitos Eunício Oliveira (candidato a senador), Dedé Teixeira (candidato a deputado estadual), Odécio Carneiro (candidato a deputado federal) e Diego Barreto (candidato a deputado estadual) também são alvos de ações e poderão ficar inelegíveis em próximos pleitos. Outros candidatos eleitos envolvidos nos 37 casos investigados pelo MP Eleitoral poderão ser penalizados com pagamento de multas.

Executivo
Em duas das ações, o governador do estado do Ceará, Camilo Santana, também aparece como acusado por abuso de poder político e econômico e por conduta vedada a agente público. As ações citam o uso do cargo de governador para permitir que correligionários que disputavam cargo de deputado estadual ou federal o acompanhassem em solenidades e compromissos institucionais na aparente condição de agente público. 

Em outra ação, na qual a vice-governadora Izolda Cela também é acusada, são descritos ilícitos em uso de espaços estatais e servidores públicos (durante o horário de expediente) em prol de suas candidaturas, propaganda institucional irregular e em período vedado pela legislação eleitoral, além de showmício e de gravação e divulgação irregulares de propaganda eleitoral.

Além dos deputados estaduais e federais e do governador e vice-governadora do Estado, também são acusados, nas diversas ações, prefeitos, vice-prefeitos, gestores de órgãos públicos, secretários, vereadores, servidores públicos, pastores evangélicos, vigários paroquiais e cantores góspel. Se condenados, todos poderão pagar multa ou mesmo se tornar inelegíveis por até oito anos.

De acordo com o procurador regional eleitoral Anastácio Tahim, todos os alvos das ações foram beneficiários ou diretamente responsáveis por condutas caracterizadoras de ilícitos eleitorais responsáveis por “macular a igualdade entre os candidatos, a higidez das eleições, sua normalidade e legitimidade”.

Lista
Saiba mais sobre os casos envolvendo os candidatos eleitos:

Aderlânia Noronha e Genecias Noronha
– acusados em ação por atos de abuso de poder político, abuso de poder econômico e conduta vedada a agentes públicos. O abuso de poder político foi observado diante da quantidade de matérias publicadas na página oficial da Prefeitura de Parambu e de materiais de mídia produzidos às custas do erário com o claro escopo de promoção pessoal dos parlamentares candidatos à reeleição. Também foram cometidos atos de abuso de poder econômico, correspondentes a derramamentos de santinhos dos dois concorrentes ao pleito em múltiplos locais de votação, prática taxada como crime eleitoral pela Lei das Eleições.

André Fernandes
– acusado em ação por condutas caracterizadoras de abuso de poder econômico, na modalidade abuso de poder religioso, praticado durante eventos evangélicos em municípios do interior do Ceará. “O então candidato André Fernandes foi beneficiado com uma espécie de publicidade extraoficial ao ser exaltado no contexto de diversos cultos religiosos, perante milhares de fiéis presentes”, diz trecho da ação.

Danniel Oliveira e Leonardo Araújo
– acusados em ação por atos de abuso de poder político e econômico durante o processo de escolha das localidades beneficiadas com perfurações de poços profundos por parte do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) no Ceará. Investigações apontaram que os candidatos tinham ingerência sobre o Dnocs e eram favorecidos pela ausência de critérios técnicos e imparciais de escolha do município a ser beneficiado, em favor de suas candidaturas na campanha eleitoral de 2018.

Eduardo Bismarck – acusado em ação por condutas caracterizadoras de abuso de poder político e conduta vedada a agentes públicos. A ação aponta a inclusão, pelo prefeito de Aracati Bismarck Maia, do seu filho Eduardo Bismarck, autodeclarado pré-candidato a deputado Federal e advogado sem qualquer vínculo ou cargo na Administração Pública local, em variadas atividades e compromissos de gestão durante o primeiro semestre de 2018, passando a falsa impressão de que Eduardo Bismarck integrava a equipe da gestão de Aracati e exponencializando sua visibilidade perante a população local.

Erika Amorim –
acusada em representação por conduta vedada por ter se beneficiado em atos de perseguição política a diretores e coordenadores de escolas municipais do município de Caucaia.

Idilvan Alencar – acusado em ação por condutas caracterizadoras de abuso de poder político por ter usado a máquina pública, em especial as escolas públicas, para alavancar sua candidatura em vários municípios do Estado, além de coagir funcionários da Secretaria da Educação do Estado (Seduc) a participarem de atos políticos de apoio a sua candidatura, por meio de ameaça velada.

Sérgio Aguiar –
acusado em representação por conduta vedada por ter se beneficiado eleitoralmente de contratações temporárias feitas pela prefeitura do município de Camocim.

Tin Gomes – acusado em ação por condutas caracterizadoras de abuso de poder econômico, na modalidade abuso de poder religioso. A ação cita inúmeras situações em que Tin Gomes foi beneficiado pela influência religiosa de diversos pastores e padres em diferentes eventos religiosos em municípios do interior do Ceará.

Com informações do MPE

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