Na ocasião, Moro justificou que, por ser juiz, estava "em outra realidade, outro tipo de trabalho", e por isso não havia risco da sua entrada na política.
O juiz Sérgio Moro aceitou, nesta quinta-feira, 1º, o convite para assumir a superpasta da Justiça no futuro governo de Jair Bolsonaro (PSL). Em entrevista concedida ao jornal O Estado de S.Paulo, em 2016, o magistrado afirmou que "jamais entraria para a política".
"Não, jamais. Jamais. Sou um homem de Justiça e, sem qualquer demérito, não sou um homem da política", disse Moro ao Estadão. "Acho que a política é uma atividade importante, não tem nenhum demérito, muito pelo contrário, existe muito mérito em quem atua na política, mas eu sou um juiz, eu estou em outra realidade, outro tipo de trabalho, outro perfil. Então, não existe jamais esse risco".
Pautada no trabalho de Moro com a Lava Jato, o juiz afirmou que "chocou a dimensão dos fatos". Ele também criticou o foro privilegiado, e afirmou que "o ideal seria restringir, limitar a um número menor de autoridades".
Perguntado se a Lava Jato acabaria com a corrupção no Brasil, o magistrado afirmou não existir "uma salvação nacional" e completou: "Não existe um fato ou uma pessoa que vai salvar o País. Um caso, pela escala que ele tem, como esse da Lava Jato, pode auxiliar a melhorar a qualidade da nossa democracia". Foi a primeira entrevista de Moro em dois anos da operação Lava Jato.
Redação O POVO Online
0 comentários:
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.