A campanha deste ano terá, pela primeira vez em âmbito estadual e federal, limite de gasto fixado pela Justiça Eleitoral. A mudança entrou em vigor em 2015 e vigorou nas
eleições municipais de 2016. Até 2014, os próprios candidatos definiam quanto pretendiam gastar. Agora, a previsão é de gastos muito, muito menores.
No Ceará, o limite de despesas de campanha no primeiro turno é de R$ 9,1 milhões. Em caso de segundo turno, há acréscimo de R$ 4,55 milhões no teto. Então, no máximo, a campanha no Ceará poderá custar até R$ 13,5 milhões.
É uma queda e tanto no custo da eleição. Para se ter ideia, tomemos como referência a campanha do hoje governador Camilo Santana (PT), há quatro anos. Em sua prestação de contas à Justiça Eleitoral, ele declarou R$ 51.060.437,44 em custos nos dois turnos. Dessa vez, não poderá gastar nem um terço. Sem nem descontar a inflação de quatro anos.
Verdade que o tempo de campanha, no primeiro turno, caiu à metade. Mas, se duplicarmos o valor do teto do primeiro turno desse ano, ainda assim o limite não chega à metade do que Camilo gastou em 2014. E, vale destacar, o tempo total de campanha no primeiro turno caiu de 90 para 45 dias. Porém, a diminuição do tempo de propaganda em rádio e televisão não é tão grande. Eram 45 dias e agora são 35. E esse é sempre o maior custo.
A redução do custo de campanha será algo perceptível para o eleitor na rua. Será uma eleição diferente daquela à qual a população está acostumada.
O custo da campanha para o Senado
A campanha para o Senado também fica mais barata. Para se eleger em 2010, Eunício Oliveira (MDB) declarou ter gasto R$ 7.750.818,60. Agora, o teto é R$ 3,5 milhões.
O tempo de campanha caiu pela metade e a redução do valor, no caso, é de 54%, afora a inflação dos últimos oito anos. E, vale reforçar, o tempo total de campanha caiu em 50%, mas o da cara campanha na TV diminuiu em 22%.Érico Firmo/OPOVO
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