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quinta-feira, 2 de agosto de 2018

CAMILO A ESTRATÉGIA PARA ACOMODAR ALIADOS

Por ipuemfoco   Postado  quinta-feira, agosto 02, 2018   Sem Comentários


Izolda Cela foi anunciada como vice de Camilo. Era o acerto que faltava para o plano governista, que deve ter duas chapas majoritárias.

A contar os últimos indicadores, a chapa governista está formada. Camilo Santana (PT) governador, Izolda Cela (PDT) vice-governadora e Cid Gomes (PDT) senador. Na majoritária paralela, e também governista, estará Eunício Oliveira (MDB) para a reeleição no Senado Federal. A última pendência do grupo dizia respeito à vaga de vice. 

Ontem, porém, o governador anunciou a decisão, que foi definida em encontro no dia anterior pela cúpula do PDT no Ceará em reunião do diretório. 

"A Izolda tem sido uma grande vice-governadora, uma grande mulher, uma das responsáveis pelos resultados da educação do Estado do Ceará, que é uma das referências no Brasil. Para mim será uma honra continuar tendo ela como vice-governadora na nossa chapa como pré-candidata que será homologada no domingo que vem", declarou o petista em entrevista à rádio Tempo FM, de Juazeiro do Norte. 

O cenário ideal para Eunício seria uma aliança formal na coligação do governador. As críticas ao MDB pelo líder do grupo no Estado, o presidenciável Ciro Gomes (PDT), acabaram tornando o acordo inviável. Aliados, nos bastidores, trabalham a ideia de chapa informal com certa naturalidade. 

Os últimos dias de acertos para o rearranjo das coligações eleitorais no Ceará desenham a estratégia adotada pelo governador para pacificar possíveis confrontos entre aliados.

Ainda ontem vazou peça de divulgação de convite para a convenção do PT no Ceará, que será realizada no próximo domingo, 5. 

A imagem apresentava uma foto do chefe do Executivo estadual ao lado da vice-governadora Izolda Cela (PDT) e do pré-candidato ao Senado Cid Gomes (PDT). 


De acordo com interlocutores do governador na Assembleia Legislativa, a aliança formal é uma estratégia clara acordada entre governistas. Não há constrangimento para nenhum dos lados. 

Em reunião do diretório estadual do PDT, realizada na última terça-feira, 31, o ex-governador Cid chegou a defender o nome do presidente do Congresso Nacional para a segunda vaga como justificativa para o lançamento de apenas um nome ao Senado pelo partido. 

"O Cid relacionou as intervenções a favor do Ceará do senador Eunício Oliveira em relação à liberação de empréstimos internacionais que estavam estancados há muito tempo. O Cid colocou que ele abriu uma porta e, de uma certa forma, para o bom entendedor...", declarou o deputado estadual José Sarto (PDT). 

Embora a convenção da legenda ocorra apenas no domingo, a indicação da cúpula partidária deverá formalizar apenas o nome de Cid para uma das vagas de senador. Mesmo que não estejam no mesmo material de campanha nem nas propagandas de rádio e televisão, estará claro para o eleitor quem são os dois nomes do governador. 

O movimento de bastidores nos próximos dias é para definir quais partidos ficarão em qual candidatura majoritária. De acordo com o deputado Julinho (PPS), a intenção é garantir a mesma quantidade de tempo entre as duas candidaturas ao Senado. 


A especialista em direito eleitoral, Isabel Mota, explica que é possível haver uma divisão de uma eleição majoritária para o mesmo grupo político. 

"É perfeitamente possível lançar só um candidato para o Senado (em uma eleição majoritária). Mas, obviamente, que isso vai mexer na questão dos tempos sim. Mas, para a coligação que está apontando para o governador Camilo, os tempos não fazem tanta diferença. Ele já tem tantos partidos que ele consegue não ser tão abalado pela possibilidade de ter menos partidos não fazendo uma coligação formal", afirmou. 

A especialista explica ainda que não há obrigatoriedade da aliança majoritária se repetir na proporcional. 

O principal argumento da base aliada é que há um limite de seis partidos que somam um tempo de televisão máximo para uma chapa majoritária. 

O deputado estadual Walter Cavalcante (MDB), que preside o partido em Fortaleza, explica que o governador pode não ter todos os 24 partidos na coligação e distribuir boa parte deles com o senador Eunício para garantir a equivalência dos tempos de televisão. 

As convenções que irão se dar amanhã, no sábado, 4, e no domingo, 5, definirão também as coligações proporcionais. 

O que se antecipa é que o PT negocia com o PV. Há uma aproximação também para que o PP integre essa aliança. Por outro lado, o Pros deverá lançar candidaturas como chapa pura tanto para a Assembleia Legislativa quanto para a Câmara dos Deputados. Para a AL-CE, o PCdoB sai sozinho. Já para as vagas de Brasília, a legenda comunista discute alianças. 

Na base governista ainda se discute a construção dos chamados "blocões". Existe a possibilidade da formalização entre dois e três blocos para a composição dos partidos aliados do governador. OPOVO


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